sábado, 12 de março de 2011

Vitrolas modernas

Publicado em 12 de março de 2011

Vinis ganham cada vez mais força na cena musical mundial com lançamentos de discos inéditos e reedições de grandes clássicos. Para não deixar seu bolachão esquecido no armário, o DMRevista prepara algumas dicas para encontrar o toca-discos ideal

O vinil teve seus altos e baixos desde que foi inventado em 1948 nos Estados Unidos, mas nunca deixou de rodar nas vitrolas domésticas dos amantes da bolachona ou nas pick ups dos DJs mais descolados. Atualmente, não só os artistas demonstram preferência em lançar seus trabalhos neste formato, mas também quem compra música escolhe levar um vinil para casa. O curioso é que, segundo uma pesquisa feita pelo instituto Neilsen Soundscan, 47% dos americanos que comprou vinil em 2009 não tem como ouvir os discos porque não possui um toca-discos em casa.


Isso ocorre por dois motivos: Os vários formatos em que vêm os discos são vistos como peça de colecionador, a pessoa compra e guarda, e não é tão fácil comprar uma vitrola moderna como é levar para casa um MP3 player. De olho neste mercado que só compra vinil para guardar, a Sony Music lançou a coleção “Meu primeiro disco” que oferece, junto com um LP remasterizado, um CD com as mesmas faixas acrescido de outras bônus. A coleção pretende relançar os primeiros trabalhos de 30 artistas brasileiros que fazem parte do catálogo da gravadora, do acervo da RCA e da CBS ao salgado preço de R$ 100. Os primeiros artistas relançados são Chico Science, Inimigos do Rei, João Bosco, Engenheiros do Hawaii e Vinícius da Cantuária.

Mas, se você é do tipo que compra Lps para ouvi-los ou se já tem uma coleção em casa e quer colocar os discões para rodar, as alternativas são: herdar uma vitrolinha, comprar uma usada ou adquirir uma nova importada. A dica do técnico em eletrônica Aroldo Maks Vieira é garimpar em pregos aparelhos de segunda mão. Ao fazer isso, fique atento: antes de levar o toca-discos para casa, teste o aparelho na loja. Se ele apresentar algum probleminha, não se desespere, Maks afirma que dá assistência em sua oficina, a Video In, localizada na Rua 68, no Centro, que também compra e vende aparelhos usados. Quanto à manutenção, o custo é a partir de R$ 40 para uma limpeza simples. Já defeitos mais graves nas engrenagens ou no cristal de leitura que fica acoplado na agulha demandam peças de reposição importadas e, portanto, acabam encarecendo a assistência.

Para aqueles que tem preguiça ou falta tempo para sair pela cidade visitando pregos à caça de toca-discos antigos, a internet é a solução ideal. Sites de leilões como o Mercado Livre sempre têm à disposição não só aparelhos usados como também novos importados. O Mercado Livre, que é só um intermediário entre o comprador e o vendedor, ensina como comprar eletrônicos antigos e usados com mais segurança. O principal conselho é se certificar do que exatamente você está comprando. Se precisar de mais informações, faça perguntas ao comprador. Inclua também no valor a ser pago os custos de envio e nunca pague pelo item através de envio bancário, pela Wester Union ou pela MoneyGram, pois estes métodos não são feitos pelo Mercado Livre. Segundo ele, todas as transações feitas no site são cobertas pelos programas de proteção, já as negociações fechadas fora dele, não. Outra dica é conhecer o seu comprador. No site, outros compradores pontuam o vendedor e comentam se ficaram satisfeitos ou não. Ou seja, mesmo no mercado virtual, reputação é tudo.

Victrolas

O primeiro aparelho de reprodução de áudio foi desenvolvido por Tomas Alva Edson em 1877 e recebeu o nome de fonógrafo. O dispositivo possuía uma agulha e um cilindro destinados a gravar e reproduzir sons. Este cilindro, que rodava em uma velocidade constante era envolto por um papel que a agulha arranhava durante a gravação. Na reprodução, a agulha apenas passava pelos sulcos, também chamados de “grooves”, produzindo diferentes vibrações que, amplificadas, reproduzia o áudio gravado. Dez anos mais tarde, o alemão Emil Berliner criou seu Gramofone que utilizava a tecnologia dos sulcos em discos de zinco revestidos de cera. A qualidade do som era similar ao dos cilindros de Edson, mas a forma do disco era muito mais práticos e mais fácel de se fabricar e guardar.

Os formatos e as velocidades dos discos variavam bastante até o início do século XX, quando cada fábrica fazia o que julgava melhor. Havia discos de 76, 79, 80 rotações por minuto (RPM) em tamanhos que iam de 15 a 30 cm. Finalmente, na metade da década de 10, a Victor Talking Machine Company, fabricante das Victrolas, fonógrafos que foram sucesso de vendas por muito tempo, estabeleceu um padrão de discos de 25 cm que rodavam a 78 RPM. Os discos de goma-laca fizeram sucesso até 1948, quando o disco vinil que conhecemos hoje foi inventado nos laboratórios da Columbia Broadcasting System (CBS) e novos padrões de 48 e 33 e1/3 RPM foram adotados. O surgimento do vinil estéreo permitiu a gravação de um áudio mais fiel ao som natural e impulsionou a divulgação das bandas de rock nos anos 1960.

Conectividade

Assim como os discos de vinil ainda são fabricados, os toca-discos também são produzidos no mundo. A Polysom é a única fábrica brasileira que ainda faz vinil no país. Já os aparelhos não são fabricados aqui e, para comprar um novo, é preciso que ele seja importado. Mais uma vez, a internet é a grande aliada na hora de adquirir uma pick up novinha em folha. Sejam em sites nacionais ou de outros países, as opções de compra satisfazem a quase todos os bolsos, exigências de qualidade e até preferências de decoração.
A tecnologia não teve grandes inovações desde a época dos Beatles. O material das agulhas mudou, a qualidade de reprodução do som melhorou, amplificadores foram incrementados, mas os princípios continuam os mesmos: uma agulhinha passa pelos sulcos, vibra e essa vibração é amplificada. A novidade fica por conta das conecções USB que permitem ligar o toca-disco a um computador, seja para capturar o som do vinil e digitaliza-lo ou apenas para ouvir a música nos alto-falantes dos PCS ou notebooks. Alguns modelos ainda oferecem a opção de se concetar diretamente ao seu iPod.

Atendendo ao gosto retrô de decoração, as novas vitrolas também vêm com um design similar às antigas Victrolas, que vinham instaladas em móveis de madeira que ocupavam lugar de destaque na sala de estar. Ainda é possível, a um custo mais salgado, encontrar toca-discos em forma de enormes Jukeboxes. Lembra daqueles aparelhos enormes que ficavam em bares e lanchonetes, no qual o cliente colocava uma moeda e escolhia uma música? Agora você pode ter um desses enfeitando a copa/cozinha/sala do seu apartamento de 52 m². Novo, usado, tecnológico ou incrementado, os aparelhos estão aí. Agora basta um investimento para tirar o vinil do armário.

Formatos das bolachonas
O disco de vinil surgiu em 1948 no laboratório da Columbia Boradcasting Sydtem (CBS), nos Estados Unidos. O plástico PVC substituiu a pesada e frágil goma laca. Estes são os padrões de tamanho e velocidade de rotação que foram adotados desde então:
*LP (long-playing)
12 polegadas - 33 1/3 RPM
20 minutos de áudio por lado
*Maxi-single
12 polegadas 45 RPM
12 minutos de áudio por lado
*EP (extended play)
7 polegadas - 33 1/3 RPM
8 minutos de áudio por lado
*Single ou compacto
7 polegadas - 45 RPM
4 minutos de áudio por lado

Guia de compra de usados
*Avalie a bandeja – Elas seguram o disco, isolam o braço das vibrações e regulam a velocidade do disco. Uma boa bandeja é feita em alumínio usinado, um material denso e barato.
*Verifique o braço e o cartucho – O braço segura o cartucho, que por sua vez segura o stylus (ou agulha). O stylus transforma os sulcos de um disco em som.
*Encontre um motor de primeira – Motores de toca-discos antigos vêm em três variedades principais: transmissão por correia (conecta o motor à bandeja através de uma cinta de borracha), transmissão direta (conecta o motor diretamente à bandeja) e transmissão pelo aro (possue um aro de borracha entre o motor e a expremidade superior da bandeja).
Fonte: Mercado Livre

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