quinta-feira, 24 de março de 2011

Cinema espírita

Publicado em 25 de março de 2011

“As mães de Chico Xavier” tem pré-estréia para membros da imprensa e convidados. Panfletário, o filme levanta a bandeira contra o aborto provocado

Com estréia nacional marcada para sexta-feira da semana que vem, avants-premières do filme “As mães de Chico Xavier” (2011) para a membros da imprensa e convidados pipocam por todo o país. A vez de Goiânia foi nesta semana e a pré-estréia no Cinemark do Flamboyant Shopping Center contou com a presença do ator Nelson Xavier, que pela segunda vez encarna o médium Chico Xavier, acompanhado pelo ator Joelson Medeiros, o produtor Luís Eduardo Girão e o diretor Glauber Filho. Membros da Federação Espírita de Goiás, representantes do Grupo Arte Nascente (Gan) e do Núcleo Audiovisual Espírita (Nave), que promove o 1º Festival de Cinema Transcendental que acontece neste fim de semana em Brasília, também estavam lá.

Para animar a entrada dos convidados no cinema, três artistas do Gan tocavam e cantavam músicas com temática gospel. Pequeninos embaixo da grande tela branca, eles arranhavam um violão elétrico amplificado por uma caixa de som meio velha que chiava muito e estalava de vez em quando. O microfone foi passado à mestre de cerimônias que discorreu um pouco sobre o filme e sobre o cinema transcendental, um gênero cinematográfico que tem como tema o espiritismo. Nelson Xavier tomou a palavra e disse que esta era a segunda vez que ele vinha a Goiânia. A primeira foi para as gravações do filme “Césio-137- O Pesadelo de Goiânia” (1990). Joelson Medeiros falou um pouco e Glauber Filho agradeceu a Chico Xavier pela confiança ao permitir que ele fizesse o filme. O produtor Luís Girão se alongou um pouco mais, afirmando que o longa nas, exibições teste, “agradou a todo mundo porque não levanta bandeira e é includente”.

Infelizmente, o produtor não tem razão ao dizer que a película não é panfletária. A bandeira contra o aborto é balançada mais de uma vez durante todo o filme e, para ser mais enfático, a seguinte frase pode ser lida antes dos créditos finais: “este filme é dedicado a todas as crianças vítimas de aborto provocado”. Note que o termo usado foi “crianças” e não “fetos”. A imagem da mãe abnegada, amorosa e totalmente dedicada aos filhos também é bastante exaltada durante toda a projeção. Quando a personagem da atriz Tainá Müller, vítima de uma gravidez indesejada, ouve da médica que não é normal se sentir despreparada para ser mãe, dá para saber que o modelo de maternidade retratado ali não reflete a realidade e faz com que muitas mulheres se sintam inadequadas quando o assunto é criar filhos.

Como o próprio título diz, o foco do roteiro são as mães. O carismático Chico Xavier, mais velho e mais feliz, não aparece tanto. O que é uma pena pois, sempre que o ator Nelson Xavier está em cena, a platéia relaxa e até ri. O resto do longa é arrastado e lento. As interpretações são boas e chegam a emocionar, mas nada digno de um Oscar. Se você não é partidário ou simpatizante da doutrina espírita e quer prestigiar o cinema nacional, melhor pagar o ingresso para ver “Bruna Surfistinha” (2011).

Financiamento colaborativo

Publicado em 22 de março de 2011

Nova forma de arrecadar fundos usa a internet como ferramenta de doações para viabilizar projetos que, muitas vezes, nada têm a ver com caridade e oferece, em troca, recompensas exclusivas

“Funciona assim: você envia seu projeto, diz quanto precisa e até quando quer arrecadar este dinheiro. Aí você divulga o projeto e as pessoas podem optar por apoiar com qualquer valor a partir de R$ 10 e receber recompensas por isto! Se até o prazo escolhido você tiver atingido o valor que precisa, você recebe o dinheiro. Senão, todo mundo recebe o dinheiro de volta. Simples assim.” Esta é a descrição do funcionamento do site Catarse.me que serve de ponte entre quem quer realizar um projeto, mas precisa de dinheiro, e quem quer colaborar com ele.

Este tipo de arrecadação é conhecida como crowd funfing ou financiamento colaborativo. Muito comum em causas filantrópicas, como a arrecadação de dinheiro ajudar pessoas vítimas de desastres naturais, o crowd funding chegou à internet como uma forma de financiar projetos particulares que, muitas vezes, não têm nada a ver com caridade, como a criação de programas de computador livres, e podem até servir de capital inicial para começar pequenos negócios.

O site Cartase não faz a intermediação para a criação de empresas, mas dá apoio a projetos que considera criativos e que tenham recompensas interessantes. Os seus criadores explicam que, se algum empresário quiser reformar sua loja ou lançar um produto, o Catarse é o lugar certo para conseguir o dinheiro, desde que as recompensas oferecidas em contrapartida sejam criativas. Lá também é ideal para quem procura financiamento para, por exemplo, desenhar uma nova coleção de roupas, já para lançar uma nova marca, é melhor procurar outro lugar.

Qualquer um pode se inscrever no Catarse, mas o projeto, antes de ir ao ar, passa pelo crivo do organizadores. “Nossa intenção é divulgar somente projetos bacanas e que estejam prontos para ir ao público pedir apoio financeiro”, é explicado no site. O foco deles são os projetos artísticos como em artes plásticas, circo, dança, audiovisual, fotografia, música, teatro, história em quadrinho, mas eles também aceitam aqueles que se enquadram em outras áreas como alimentação, design, moda, tecnologia, jogos e vários outros, desde que, aí eles batem na mesma tecla, sejam criativos.

Quem quiser ter seu projeto divulgado pelo site deve se inscrever lá, descrever sua ideia, falar quanto precisa financiar sua empreitada e dizer qual será o período de arrecadação que não pode passar de 90 dias. Qualquer pessoa pode doar o quanto quiser a partir de R$ 10,00 e recebe, em troca, uma recompensa que pode variar de acordo com o valor da doação. Se o projeto arrecadar a quantia pretendida ou mais dentro do prazo estipulado, o seu criador recebe o financiamento, descontado os 5% do Catarse e mais a taxa que varia de 6% a 7% do MoIP (gerenciador dos pagamentos). Se o valor não for atingido, todas as doações são devolvidas aos colaboradores e o usuário não paga nada por isso.

Inspirado no bem-sucedido site americano Kickstarter, o Catarse foi criado por dois estudantes de administração de empresas Diego Reeberg de 23 anos e Luís Ribeiro de 20. Em um mês de funcionamento, o site arrecadou R$ 14,5 mil para nove projetos. "O sistema é interessante para empreendedores, porque pode testar a aceitação da sua ideia no mercado e ainda conquistar fãs do produto, antes de ele ser lançado no mercado", disse Luís em entrevista ao jornal Estado de São Paulo. Até o fim do ano, o site pretende apoiar 600 projetos.

Networking

Networking é uma palavra em inglês que se refere aos contatos feitos e pessoas que conhecemos que podem nos ajudar profissionalmente. Isto quer dizer que, quanto maior for a rede de contatos (networking) de uma pessoa, maior será a possibilidade desta pessoa conseguir atingir seus objetivos profissionais. Para se conseguir um bom crowdfunding, o networking é fundamental. Luís Ribeiro é enfático ao dizer no blog do Grupo Brasileiro de Crowdfunding (www. crowdfundingbr.com.br) que, antes de começar uma campanha de arrecadação no site, é preciso que o criador planeje como mobilizar sua rede, chamando a atenção de amigos, familiares e ainda como atrair pessoas não conhecidas para apoiarem a causa.

Saber usar o Facebook e o Twitter é super-importante. Procurar a mídia convencional também gera uma divulgação extra que pode garantir mais doações. Ele explica que, com o aumento do número de projetos no Catarse, mais do que expor, é preciso chamar a atenção para o seu projeto e garantir que mais pessoas acessem e contribuam para ele. “Se você quer conseguir a grana necessária para realizar o projeto da sua vida, não seja apenas um coadjuvante no processo, tome a frente, lidere e faça o seu projeto acontecer”, completa Luís.

Rabiskaria

O designer goiano Carlos Filho conseguiu arrecadar pelo Catarse R$ 23.035 para seu projeto em 45 dias, sendo que o objetivo inicial era de R$ 22.500. Segundo Carlos, este foi o primeiro projeto de crowdfunding que não é voltado à filantropia a atingir o montante pretendido no Brasil. O designer pesquisou por algum tempo sobre esta forma de financiamento e até tentou se inscrever no Kickstarter, mas, devido a problemas burocráticos, não conseguiu. Pela internet, ele fez contato com vários brasileiros que se interessavam pelo crowdfunding e, no fim do ano passado, um dos criadores do Catarse, Diego, entrou em contato com Carlos e pediu que lhe enviasse o seu projeto.

O projeto de Carlos passou pela curadoria do Catarse e ficou no ar por 45 dias. Ele conta que escolheu um tempo menor de exposição porque, segundo sua pesquisa, é na reta final que os projetos costumam arrecadar mais. Foram nos últimos quatro dias que o projeto de Carlos arrecadou 85% do valor total. A idéia que Carlos teve foi a de criar o Rabiskaria, uma empresa que serve de base para artistas, designers e amantes da arte que querem customizar produtos e não têm como produzi-los e distribui-los. Os suportes são os mais variados e inusitados e vão desde copos a sandálias Crocs e sofás. O que a empresa produz será vendido na loja on line e nos estandes montados em feiras e eventos culturais e o artista recebe royalties sobre a venda.

O dinheiro arrecadado será usado para produzir os primeiros produtos customizados por artistas convidados e para o lançamento do site. Como recompensa pela doação, os colaboradores terão seus nomes divulgados no site e diversos brindes que vão de adesivos a copos personalizados, copos pintados a mão, camisetas customizadas e uma ligação do Carlos Filho para agradecer. Para os doadores mais generosos, pinturas em tela exclusivas levadas por Mateus Dutra, co-criador do Rabiskaria.

Letras & Livros 04

127 Horas – Uma empolgante historia de sobrevivencia


Primeiro veio o livro, em 2005, e depois o filme, em 2010. Isto, nos Estados Unidos. Nas principais capitais do Brasil, o lançamento da história de Aron Ralston nestes dois formatos acontece quase ao mesmo tempo, mas primeiro, a película, para garantir uma platéia, e só depois, a publicação, para angariar alguns leitores. Em Goiânia, o filme ainda não chegou às salas de projeção e, mesmo depois de ser indicado a a seis Oscars, inclusive de melhor filme, não há previsão de estréia na capital goiana. Porém, o livro“127 horas – Uma empolgante historia de sobrevivência” já está em cartaz nas livrarias. A publicação faz um relato engraçado e honesto do montanhista Ralston que passou cinco dias e sete horas com o braço direito preso por uma pedra em uma fenda do Parque Nacional de Canyonlands, em Utah, nos Estados Unidos.

Com pouca água e comida e sem jaqueta para enfrentar as noites geladas, o aventureiro, que não havia avisado ninguém sobre sua aventura nos “canyons”, usa sua câmera de video para gravar mensagens de despedida para sua família e seus amigos, agradecendo sua vida, na esperança que alguém achasse a fita com as imagens de seus últimos dias de vida. Cansado de esperar, Ralston entende, na manhã do quinto dia, que sua salvação só depende dele e, em um ato extremo, ele consegue se soltar da rocha. Apesar de a descrição da amputação do braço do montanhistas ser bastante detalhada no livro, os leitores mais sensíveis, após ler esta passagem, certamente não precisarão ser levados ao hospital como aconteceu com alguns espectadores que assistiram esta cena no filme.

Para os bilíngues, a versão original em inglês publicada pela Pocket Books USA pode ser adquirida no site da Saraiva por 25,12 (frete para Goiânia incluso).

“127 Horas – Uma empolgante historia de sobrevivência”
Autor: Aron Ralston
Editora: Seoman
Ano de lançamento: 2011
Preço médio: R$ 39,90

Noite das lágrimas em África

“Tudo não passava de pensamentos limitados, pensamentos dos pobres, dos analfabetos como eu. Que se transformava, em cada noite, em lágrimas, medo de não viver o amanhã.”


O professor de inglês e artes e escritor Marcelo Aratum aproveita o Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial (21 de março) para lançar seu livro “Noite das lágrimas em África” no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro. Nascido em Bissau, na Guiné-Bissau, em 1974, Aratum veio para a capital de Goiás há nove anos, quando ganhou uma bolsa de estudos. Aqui, ele se graduou em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), em 2005, e fez pós-graduação em Docência pela mesma instituição, em 2007. Durante sua infância na África, o escritor nunca deixou de se preocupar com os estudos, apesar de ter que abandoná-los por alguns anos para poder apoiar a mãe na construção de sua casa entre 1988 e 1989 e só conseguir retornar a eles em 1991. Sete anos mais tarde, teve que interromper novamente sua educação quando explodiu o conflito político-militar, em junho de 1998, que tirou a vida de sua mãe.

A história de Aratum se confunde com a do livro que ele escreveu. Baseado nas lembranças que o autor tem da sua terra natal, o romance é narrado em primeira pessoa pela fictícia, a Nhá Dona Badjudessa, negra, pobre e analfabeta. Apesar de não ter tido uma educação formal, Badjudessa é consciente da dominação que sofre, pelo marido alcoólatra que ela abandona logo no primeiro capítulo. A religião é outra forma de dominação que a protagonista da qual a protagonista tenta se esquivar. O governo e a influência estrangeiras também oprime Badjessa no livro e que oprimiu Aratum nos anos que viveu na África.

Lançamento do livro e leitura dramática com Otoniel dos Reis & Convidados
Quando:
Amanhã, a partir das 19h
Onde: Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro - Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1016, Galeria Ouro, Centro
Informações: 3524-2541

“Noite das lágrimas em África”
Autor: Marcelo Aratum
Editora: Kelps
Ano de lançamento: 2010
Preço de lançamento: R$ 40,00
Vendas e informações: 8115-4377 / noitedaslagrimasemafrica@yahoo.com.br

segunda-feira, 21 de março de 2011

Gordura ou gostosura?

Publicado em 20 de março de 2011

Novo índice para medir obesidade usa o tamanho do quadril ou invés do peso para definir se a pessoa é obesa. Segundo o parâmetro proposto, mulheres de quadris fartos deixam de ser boazudas e passam a ser gordas


Já dizia Shakira em sua canção “Hips don't lie”, lançada em 2006, que os quadris não mentem. Em sua música, a cantora colombiana estava falando sobre como as cadeiras podem ser eloquentes no que diz respeito à sensualidade. Aqui no Brasil, a metade masculina da população concorda com Shakira: o quadril feminino é muito sexy e, para a maioria esmagadora deles, quanto maior o popozão, melhor. Já grande parte da mulherada brasileira também acha que o quadril e o bumbum são grandes atrativos do sexo oposto, mas em um tamanho moderado.

Em uma pesquisa publicada no mês de março da revista médica Obesity, uma equipe de pesquisadores liderada pelo fisiologista americano Richard Bergman constatou que, quando o assunto é obesidade, Shakira tinha razão ao dizer que os quadris não mentem. Além disso, ele está com a ala feminina brasileira ao afirmar que nem sempre mais é melhor.

O que Bergman propõe é um novo método para apontar quem está acima ou abaixo do peso ideal que utiliza a estatura e tamanho do quadril. De acordo com seu Índice de Adiposidade Corporal (IAC), quanto maior a circunferência dos quadris, maior a chance do indivíduo estar acima do peso. O novo índice quer substituir o antigo Índice de Massa Corporal (IMC) que mede a obesidade de acordo com a estatura e o peso do indivíduo e vem sendo usado até hoje pela classe médica e por profissionais de saúde há mais de dois séculos. (Veja como calcular o IAC e o IMC em http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=8534&contpag=1)

O pesquisador afirma que a circunferência do quadril é uma medida indireta para inferir a quantidade total de gordura no corpo. Ele voltou seus olhos para os quadris após submeter dois mil voluntários afrodescendentes e cidadãos de origem mexicana americanos a exames de avaliação da composição corporal, usando feixes de raio-x para determinar a porcentagem de ossos, músculos e gordura. Para ele, um homem de 1,75m de altura seria saudável se tivesse um quadril de até 100cm. Já uma mulher de 1,70 poderia ter uma anca de até 111cm de circunferência.

Já é sabido pela comunidade médica que o lugar onde a gordura se acumula faz com que ela seja mais ou menos perigosa para a saúde e para o coração. Os pesquisadores ainda não sabem explicar porque a localização aumenta ou diminui o risco de doenças cardiovasculares. A mais perigosa é a gordura visceral, a famosa barriga de chopp. Já a que se acumula nos culotes, o terror estético das mulheres, é a menos perigosa. O IAC vem sendo criticado justamente por concentrar suas medidas na região que oferece menor perigo à saúde. Porém, Bergman explicou à revista Época desta semana que a sua “preocupação foi criar um bom parâmetro para estimar a totalidade da gordura corporal” e não determinar a propensão a doenças típicas da obesidade.

Gorda, eu?!

Aqui no país das popuzudas, onde o culto à bunda gera celebridades que tem esta parte do corpo natural ou cirurgicamente avantajadas, o IAC pode fazer que mulheres extremamente bundudas deixem de ser vistas como gostosas e passem a ser consideradas gordas. Aliás, este pensamento já existe, mas sempre foi reprimido pela ditadura do bumbum. Segundo o portal Globo.com, o escritor de novelas Aguinaldo Silva chamou a Mulher Melancia, ex-musa do Créu e menos conhecida como Andressa Soares, de gordinha e muito mais depois que os dois se encontraram nos bastidores das gravações do “Casseta & Planeta” em 2008.

"Gente, que coisa mais pobre e constrangedora é aquela?”, escreveu ele, “tudo o que se tem ali é uma moça gordinha, a um passo de se tornar obesa! E aquele jeito dela de ficar sempre de costas, a mostrar o traseirão pra câmera... Meu Deus, se aquilo é ser sensual, então não resta outro caminho às mulheres todas senão entrar num convento e virar freiras!". Segundo o IAC, o escritor estava errado, pois a Mulher Melancia já seria obesa e precisaria urgentemente passar a comer somente frutas para emagrecer. Com 1,72m de altura e 120cm de quadril, seu IAC é de 35,15%. De acordo com índice antigo que ignora a grande camada de gordura que recheia o quadril da moçoila e salta aos olhos de quem a observa, ela está dentro do peso normal com 68kg e IMC de 22,98. Os quadris, neste caso, não mentem mesmo.

Um outro problema do IMC é considerar pessoas musculosas obesas. Segundo o personal trainer e líder da equipe de musculação da academia Athletics de Goiânia, Thiago Luiz Leal Borges, a grande crítica ao velho índice se baseia no fato de que a fórmula considera apenas a massa corporal total e a estatura. Isso não seria capaz de considerar o componente de massa muscular por exemplo, sendo muito comum a classificação de homens musculosos como pessoas com sobrepeso ou até obesos. O lutador de vale-tudo Vitor Belfort é classificado como obeso pelo IMC, apesar do fato de ser difícil achar alguma gordurinha no meio de tanto músculo. Com 1,84m e pesando 98kg, seu IMC é de 28. Se levar-se em conta o tamanho do seu quadril (98cm), seu IAC de 20% o classifica como pessoa com uma porcentagem de gordura corporal normal.

A importância de se discutir qual o melhor índice a ser usado para se determinar se uma pessoa está obesa ou não é que estes parâmetros são largamente usados pelos profissionais de saúde para orientar quais medidas tomar para melhorar a vida dos obesos. A cirurgia bariátrica, aquela que reduz o estômago em casos de obesidade mórbida, por exemplo, só pode ser feita no Brasil se o paciente, homem ou mulher, estiver com um IMC acima de 40 ou com doenças típicas da obesidade e IMC acima de 35. O IAC, neste caso, seria mais preciso, uma vez que leva as diferenças orgânicas entre homens e mulheres e diferencia a massa muscular da massa de gordura e ossos.

Thiago Luiz afirma que, por ser uma pesquisa recente, o IAC, para ser melhor aplicado, deve ser mais estudado, inclusive em outras etnias, como a das brasileiras que tem o quadril largo, além dos afrodescendente e os cidadãos de origem mexicana americanos do estudo preliminar. O certo é que, se o IAC for mais usado no futuro, nosso conceito de beleza pode mudar. As mulheres brasileiras, não querendo ser chamadas de obesas, certamente vão querer um quadril menor e os homens vão ter que se acostumar com isso. A Mulher Melancia, por exemplo, fez uma lipoaspiração na região do bumbum em 2009, depois que Aguinaldo Silva a chamou de gorda no ano anterior.

sábado, 19 de março de 2011

Nenhum de Nós dá as boas vindas aos calouros da UFG

Publicado em 19 de março de 2011

Grupo gaúcho apresenta hoje parte da turnê do novo álbum intitulado Contos de água e fogo.

Hoje, a partir das 21 horas, a recepção aos novos alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) é encerrada com dois shows. A primeira apresentação da noite é do grupo goiano Em Nome do Samba que reúne o mais tradicional do ritmo que nomeia a banda, tocando de Noel Rosa a Chico Buarque. Logo em seguida, sobe ao palco a atração principal do evento, os gaúchos do Nenhum de Nós, que vêm pela primeira vez a Goiânia. O show faz parte da turnê de divulgação do novo álbum intitulado Contos de água e fogo, lançado pelo selo Ímã Records e distribuído pela Radar. As próximas paradas da banda são Rio de Janeiro e São Paulo.

Comemorando 20 anos de estrada, Nenhum de Nós se apresenta no Centro de Cultura Professor Ricardo Freua Bufáiçal - Campus II

O disco segue o estilo pop rock que costuma pipocar nas Fms e que a banda toca há vinte anos. O 14º álbum da banda traz músicas inéditas, algo que não era feito desde 2005. A sonoridade do Nenhum de Nós se mistura ao rock inglês contemporâneo e ao folk americano com pitadas da música moderna mexicana. O novo single Último beijo foi lançado no início de 2011.

No show de encerramento da Caloura, além das novas músicas, a banda inclui no seu repertório canções que marcaram as duas décadas de existência do Nenhum de Nós. Astronauta de mármore, uma versão da música Starman que David Bowie lançou quando usava o pseudônimo de Ziggy Stardust em 1972 e que foi regravada pelos gaúchos em 1989, tem lugar cativo no set list da banda, assim como o sucesso radiofônico Camila Camila. A mais recente Você vai lembrar de mim, que também foi gravada por Milton Guedes, é tocada no show. Segundo informações do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que promove o evento, a espectativa é de um público de quatro mil pessoas.

Calourada Unificada DCE-UFG - Shows com as bandas Nenhum de Nós e Em Nome do Samba
Quando: Hoje, a partir das 21h
Onde: Centro de Cultura Professor Ricardo Freua Bufáiçal – Campus II (Samambaia), Setor Itatiaia
Ingressos: R$ 20,00 (inteiro antecipado) / R$ 10,00 (meio antecipado) / R$ 30,00 (inteiro na bilheteria) / R$ 15,00 (meio na bilheteria) – estudantes, professores de todas as redes e servidores da UFG têm direito à meia-entrada
Ponto de venda: Kbeça Bar (Rua 10, Centro), Bar da Tia (Praça Universitária), Restaurante Gurupi (Setor Itatiaia) e Sede do DCE- UFG (Campus II)

Pede para sair, alien!

Publicado em 18 de março de 2011

Aaron Eckhart e mais onze atores enfrentaram um duro treinamento militar para viver um grupamento da marinha americana que luta em uma invasão alienígena


O ator americano Aaron Eckhart que interpretou o vilão Duas-Caras em “Batman – O cavaleiro das trevas” (“The Dark Knight” - 2008) trocou sua moeda por um fuzil para viver um sargento da Marinha americana que se envolve em uma batalha com alienígenas. Apesar das críticas negativas dos especialistas e dos comentários que dizem que o filme não é bom nas redes sociais, “Invasão do mundo: Batalha de Los Angeles” (“World invasion: Batle Los Angeles” - 2011) arrecadou US$ 36 milhões na semana de estréia nos Estados Unidos.

Para encarnar os fuzileiros navais que enfrentam os invasores de forma convincente, Eckhart e mais onze atores passaram por um duro treinamento militar. Em entrevista ao site Omelete, o ator afirma que os treinos foram bastante pesados e que alguns não aguentaram e até choraram. Segundo ele, o grupamento fazia tudo junto: treinavam, dormiam, comiam e tomavam bano juntos. Também não havia discriminação e era tudo igual para todo mundo. A fim de honrar a Marinha americana, os atores mostraram que eram durões na tela, apesar de choramingar de vez em quando fora dela.

O realismo também contribuiu para uma interpretação mais convincente. Eckhart conta que a produção fechou muitas ruas e estradas de Louisiana para filmar. Além disso, bombas explodindo e helicópteros caindo de verdade são excelentes para fazer que um ator pare de fingir que tem medo e comece a realmente senti-lo. O ator conta que, em um dia de filmagem, eles chegaram a disparar 20 mil balas. “Foi um dos dias mais divertidos da minha vida. Parecia que tínhamos munição ilimitada”, se delicia ele.

Assassinato por encomenda

Publicado em 18 de março de 2011

Em “Assassino a preço fixo” (“The mechanic” - 2011), o ator Jason Statham vive um assassino de elite metódico e talentoso. Não podemos dizer que ele vivia feliz assim, mas parece que ele estava bem consigo mesmo até o dia em que recebe a missão de matar seu melhor amigo, encarnado por Donald Shutherland, acusado do vazar informações sigilosas que levaram à morte cinco agentes. Assim que cumpre a missão, Arthur (nome do personagem de Statham) reencontra Steve (Ben Foster), o filho de seu amigo morto, sedento por vingança. Athur começa a treinar Steve para se tornar um assassino como ele e os dois trabalham juntos sem que o jovem saiba que o experiente matador é responsável pela morte de seu pai.

Esta versão é uma refilmagem de um filme homônimo estrelado por Charles Bronson e que estreiou em 1972, quando Jason Statham tinha pouco mais de dois meses de vida. Como qualquer remake, as comparações são inevitáveis. O comentário que mais rola na internet é que o filme de 2011 demora a engrenar, mas que, depois, parece que vai bem. No trailer, dá para ver que é daqueles filmes de ação cheio de lutas coreografadas, tiros certeiros e escapadas miraculosas (para não dizer mentirosas).

Mentiras, conspirações e armas de destruição em massa

Publicado em 18 de março de 2011

Chega às telonas brasileiras mais um filme sobre politicagem, mentira institucionalizada e teorias de conspiração americana. “Jogo de poder” (“Fair game” - 2010) mostra a história de uma agente da CIA, interpretada por Naomi Watts, que pode ter sua identidade secreta revelada depois que seu marido, um diplomata interpretado por Sean Penn, publica um editorial para o New York Times alegando que a administração de George Bush manipulou informações sobre a existência de armas de destruição em massa para justificar a invasão no Iraque.

A película se destina ao público americano e desnuda a hipocrisia política dos Estados Unidos que, ao contrário da nossa brasileira, é sempre velada, mas, como a nossa, denigre a imagem dos servidores públicos que preferem atender aos seus próprios interesses do que servir ao bem público. Quem não acompanha a história americana pode ficar meio perdido na trama.

Porém, você pode se interessar mais pelo filme se souber que as acusações de o governo Bush manipular informações (para não dizer mentir descaradamente) são reais. Outro atrativo é a interpretação de Naomi Watts no papel principal em uma química perfeita com Sean Penn.

As críticas na internet de pessoas que assistiram o filme afirmam que o o longa é meio chatinho, mas que o fato dele ser baseado em fatos reais faz com que seja impreioso assistí-lo. Um canadense se empolga e diz no site Internet Movie Database (IMDB) que a película deveria ser exibida em escolas pelos próximos 100 anos. São dele essas palavras: “aqueles que esquecem a história estão condenados a repeti-la, portanto, divulgue este lembrete de 108 minutos sobre um dos maiores erros dos Estados Unidos”.

Animais unidos trazem mensagem ecológica

Publicado em 18 de março de 2011

Um grupo de animais, que espera a enxente anual para aliviar a estiagem com sua falta de alimentos e água, descobrem que os humanos, que tem detruído seu habitat de forma sistemática, construíram uma represa para viabilisar um resort de férias. Os bichos então se unem para salvar o delta do rio e ordenar que as pessoas parem de inferterir com a natureza. Eis aqui a trama, já muito batida, de “Animais unidos jamais serão vencidos” (“Konferenz der Tiere” - 2010), lançado em 3D.

O filme foi feito na Alemanha e o foco é o público infantil. Para garantir isso, a produção se espelha em tudo que fez sucesso em termos de animação nos últimos tempos, desde “A era do gelo” (Ice age” - 2002), passado por Madagascar (2005) até chegar a “Horton e o mundos dos Quem!” (“Horton hears a Who!” - 2008). “Não invente muito” deve ter sido a orientação dada pelos produtores à equipe artística.

Mas se a película carece de criatividade e independência, seus personagens, ainda assim, são carismáticos. A animação, apesar de não estar no nível de uma superprodução da Pixar, é boa assim como os efeitos em três dimensões . Os papais e mamães podem se entediar em algumas partes, pois a moral da história é declamada na forma de grandes sermões feitos pelo mais sábio e mais velho animal do planeta.

As crianças também aprendem que o que os pais fazem para sobreviver pode ser muito ruim para a natureza e a faz sofrer. Esta mensagem é entregue aos espectadores sem sutilizas, de um modo que o ativista ecológico e político americano Al Gore iria adorar.

Mas não se preocupe se você se vir obrigado a levar a pirralhada ao cinema para assistir este filme. O longa certamente irá deixar as crianças felizes e lhe entreter também.

Música que não acaba mais

Publicado em 17 de março de 2011


Canto de Ouro segue sua programação apresentando seu nono elenco. Atualmente, este é o maior festival dedicado à MPB em Goiânia com 13 semanas de shows

O projeto Goiânia Canto de Ouro segue a todo vapor e apresenta hoje, amanhã e sábado o seu nono elenco. No palco, os cantores Beto Cupertino, Cristiane Perné, Diego de Moraes e Horton Macedo se juntam à banda formada por Guilherme Santana, Nonato Mendes, Front Jr., Sérgio Pato e Henrique Reis. Domingo é dia de um elenco extra, formado por algumas das bandas e artistas que participaram do CD Radiografia que reuniu jovens expoentes da MPB produzida em Goiás.

Os músicos do nono elenco possui uma proposta de MPB renovada e interpretam canções consagradas da música popular brasileira juntamente com algumas experiências que extrapolam alguns limites da MPB. Beto Cupertino é oriundo do meio rock 'n roll, enquanto Diego de Moraes é um sujeito que não tem medo de ousar e agrada tanto ao público como à crítica. Já Cristiane Perné, com sua voz imponente viaja por inúmeras linguagens e Horton Macedo fez casa no jazz e na MPB tradicional.

A quarta edição do Goiânia Canto de Ouro segue até o dia 17 de abril, quando encerra suas 13 semanas de shows que envolvem 65 instrumentistas e 68 cantores em 58 apresentações diferenciadas. Além dos shows, sete oficinas musicais estão sendo ministradas aos domingos. Desde sua primeira edição, o projeto tem como objetivo aproveitar a diversidade cultural dos artistas goianos e oferecer atrações de qualidade ao público da capital.

Beto Cupertino

Este músico é mais conhecido como vocalista, guitarrista e compositor/letrista da banda Violins que nasceu em 2001 com o nome de Violins and old books. A história de Beto Cupertino se confunde com esta banda, na qual fez música com uma preocupação não apenas melódica, mas também lírica. O Violins, que já lançou cinco albuns, começou sua trajetória cantando em inglês e, mais tarde, em português.
Fora da banda, Beto alçou novos voos e os resultados podem ser conferidos neste show, no qual o cantor interpreta músicas de seu projeto solo não lançadas na discografia do Violins.

Cristiane Perné

Cantora e compositora, Cristiane Perné é uma genuína artista de bar em bar. Talentosa, ela conquista o público com sua bela voz e sua imensa simpatia. Seu primeiro CD, “Onde”, foi lançado em 2007, aponta uma tendência aos suingado dos ritmos brasileiros, fazendo uma mistura de muitos estilos com a musicalidade local. As dez faixas do álbum funcionam como uma síntese dos mais de 20 anos de carreira da artista.
O jeito blues e jazz de cantar sonvive em “Onde” com a batida eletrônica, o baião, o maracatu e até a catira. Segundo a cantora, o título do seu CD de estreia diz repeito aos caminhos diferentes que trilha em sua interpretação. Multitalentosa, Cristiane trabalha também com cinema, teatro e flerta com as artes plásticas. Ela, por exemplo, é responsável pela trilha sonora da peça “O alienista” da Cia Nu Escuro.

Diego de Moraes

Uma das grandes sensações da música goiana dos últimos tempos, Diego de Moraes iniciou sua carreira tocando pandeiro meia lua em uma igreja de Senador Canedo quando tinha mais ou menos 13 anos. Em 2001, começou a tocar bateria e participou de diversas bandas locais. No ano seguinte, Diego, que também é professor de história, começou a compor e a participar de eventos nos quais cantava e tocava violão. Ao inscrever sua música Todo dia no Festival Sesi de Violeiros e MPB, ele abocanhou o terceiro lugar. A partir daí, muitos outros prêmios vieram e a consagração da crítica se deu em forma de uma matéria de destaque na revista Rolling Stones Brasil. Seu EP Reticências foi lançado em 2007 e lançou seu primeiro CD Parte de Nós no ano passado. Diego prefere não apontar influências, mas diz que ouve Tom Zé, Bob Dylan, Mutantes, Júpiter Maçã, entre outros.

Horton Macedo

Conceituado compositor e instrumentista de sopro, Horton carrega consigo o jazz e uma vasta experiência adquirida tocando pelos pubs do Brasil e da Europa. Durante os dois anos que morou na Bélgica, ele se apresentava tocando música brasileira e jazz com sax soprano, sax tenor e flauta transversal. Suas composições foram regravadas por nomes de peso como Gilberto Correia, Divino Arbués, Pádua, Du Oliveira e Flávio Dell'Izola. Horton participou de algumas edições do Encontro de Música do Centro-Oeste, quando tocou com Tetê e Alzira Espíndola, Almir Satter e Renato Teixeira. Atualmente, o músico integra o grupo Café com Blues na Bahia.



Goiânia Canto de Ouro
Quando: Hoje, amanhã e sábado a partir das 21h / Domingo, a partir das 18h
Onde: Teatro do Centro Cultural Goiânia Ouro – Rua 3, esq. c/ Rua 9 – Centro
Ingressos: R$ 12,00 (inteira) / R$ 6,00 (meia)
Sorteio de Ingressos: Twitter (@goianiaouro)
Informações: 3524-2541 / 3524-2542

PROGRAMAÇÃO
 
9º Elenco
17, 18 e 19 de março
Cantores: Beto Cupertino, Cristiane Perné, Diego de Moraes e Horton Macedo
Banda: Guilherme Santana, Nonato Mendes, Front Jr., Sérgio Pato e Henrique Reis

10º Elenco
20 de março (domingo)
Projeto Radiografia
Artistas e bandas: Gustavo Carvalho, José Teles, Ponto de Escambo, PretoCoresPreto, Space Truck, Super Super e Ton Só
Direção de elenco: Dênio de Paula
11º Elenco
24, 25 e 26 de março
Cantores: Fausto Noleto, Henrique, Octávio Scapin e TomChris
Banda: Guilherme Santana, Bruno Rejan, Henrique Reis, Edilson Morais e Luiz Chaffin
Direção de elenco: Luiz Chaffin
12º Elenco
31 de março, 1 e 2 de abril
Cantores: Adalto Bento Leal, Fé Menina, Gustavo Veiga e Maíra
Banda: Fred Valle, Marcelo Maia, Edílson Morais, William Cândido e Luiz Chaffin
Direção de elenco: Luiz Chaffin
13º Elenco
3 de abril (domingo)
Bandas de Gyn
Bandas: Gloom, Kabiotó, Passarinhos do Cerrado e Umbando
14º Elenco
7, 8 e 9 de abril
Cantores: Amauri Garcia, Maria Eugênia, Luiz Augusto, Taís Guerino e Walter Carvalho
Banda: Fred Valle, Marcelo Maia, Edílson Morais, William Cândido e Luiz Chaffin
Direção de elenco: Luiz Chaffin
15º Elenco
14, 15 e 16 de abril
Cantores: Bel Maia, Camila Faustino, Juraíldes da Cruz e Pádua
Banda: Fred Valle, Marcelo Maia, Edílson Morais, William Cândido e Luiz Chaffin
Direção de elenco: Luiz Chaffin
 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Homenagem à feminilidade goiana

Publicado em 16 de março de 2011

Festa prestigia as 30 mulheres de destaque no Estado na realização de projetos variados e traz como tema beleza e encantos do cerrado goiano

Como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, 30 mulheres que se destacaram no Estado de Goiás com realização de diversos projetos são homenageadas hoje na loja Saccaro da Avenida 136, no Setor Marista. A festa exclusiva para convidados tem como tema as belezas e as tradições do cerrado goiano e presta homenagem à Cidade de Goiás com seus encantos, doces e mulheres que transpiram arte. À frente do evento estão Adriana Lira, Cyda Monteiro e Ednara Braga. O buffet fica à cargo dos chefs Cris Isaac, Aluysio Godinho e da Dona Doceira e a decoração de Valéria Junqueira usa flores e elementos do cerrado.
Entre as exposições, os convidados podem conferir os bordados em aventais, almofadas e roupas da artista plástica Milena Curado que trabalha em parceria com reeducandas do sistema prisional feminino, porcelanas pintadas por Regina Rocha Lima  que tem como tema o casario de Goiás e bonequinhas de Cora Coralina e Maria Grampinho, confeccionadas por Dona Belinha.



O doce Flor de Coco foi criado por Alice Velasco na década de 1940 na Cidade de Goiás. A receita foi resgatada pela empresa Dona Doceira


A noite começa com uma performance de Aluysio Godinho que encena a Alvorada do Bolo de Arroz que acontecia diariamente na cidade de Goiás e declama o Poema do Milho de Cora Coralina. Entre as homenageadas, estão Alice Velasco, que criou o doce flor de côco na década de 1940, a primeira dama do Estado, Valéria Perillo, A ex-primeira dama Geralda Albernaz, a Secretária de Estado, Gláucia Teodoro Reis a médica Rose Crossara e a empresária Ângela de Castro. A escritora Nice Monteiro Daher recebe uma homenagem póstuma.

A solenidade também serve de palco para o lançamento da Dona Doceira, uma empresa que tem como proposta o resgate das receitas de doces e das doceiras do Estado. Além de atuar em Goiânia fornecendo doces típicos goianos de maneira exclusiva, a empresa montou a Associação das Doceiras de Goiás na antiga capital do Estado.

Um vídeo que foi produzido no último Festival Gastronômico da Cidade de Goiás e que pode ser baixado da internet no link www.sendspace.com/file/4ihj6r explica porque as doceiras estão deixando de fazer os doces típicos do cerrado. O trailler de dez minutos ainda serve para captar recursos para a produção de um documentário sobre o tema.

Renovação artística

Publicado em 16 de março de 2011

A cidade de Matrinchã, que fica a 240 km de Goiânia e é berço cultural do artista plástico Cristiano Martins, recebe a primeira exposição após uma repentina renovação de estilo do pintor. As novas obras estão expostas no Centro Cultural da cidade a partir desta sexta-feira. A partir do dia 24, quarta-feira, suas telas vêm para a capital e ficam à disposição do público na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, na Alameda dos Buritis.

Durante seus primeiros nove anos de carreira, Martins trabalhou com uma temática mais popular para poder comercializar suas obras. “Algumas pessoas não compram uma tela como uma obra de arte, mas sim para enfeitar a casa, por isso procuram imagens mais comuns, nesses momentos retrato a natureza e sua diversidade”, justifica o artista.

Após mudança do estilo artístico,Cristiano Martins cogita a possibilidade de mudar seu nome para Victor Stradivários


Recentemente, Martins começou mudar o seu estilo depois que conseguiu um patrocinador oficial. “Com esse apoio, eu ganho tempo pra fazer as obras sem ter que me preocupar com um prazo de entrega e meu trabalho ganha um estilo próprio, pois posso abusar da criatividade fazendo o que realmente gosto e não o que me foi imposto”, comemora ele.

O artista está ansioso para saber qual será a aceitação do público em relação ao novo estilo. Segundo ele, como sua última exposição foi muito comentada, a expectativa é de que as pessoas estejam bastante curiosas para saber como é sua nova coleção.

Além da repentina mudança no estilo das obras, Cristiano cogita com sua empresária a possibilidade da troca do nome. Ele deseja assumir um nome artístico, uma alcunha diferente, e confidenciou que, se isso vier a acontecer, passará a se chamar Victor Stradivários.

Martins pinta desde os 12 anos de idade, coleciona exposições de sucesso em Goiânia e já esteve no programa “Mais Você” da apresentadora Ana Maria Braga, na Rede Globo. Ele ainda deseja expor seu trabalho em Amsterdã, na Holanda, Paris, na França e em outros lugares famosos da Europa. Para ele, o apoio dos amigos e familiares é essencial. O jornalista e editor geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, é lembrado com carinho pelo pintor: “Seu Batista é o cara, sempre que precisei ele esteve pronto, ele não me estendeu a mão, me estendeu os braços”, ressalta Martins. Outro apoiador é o Espaço Renascer Saúde, no Jardim América, que se transformou em cenário permanente de exposição do artista.

Exposições de Cristiano Martins

Quando: Sexta-feira, a partir das 20h
Onde: Centro Cultural de Matrinchã, Matrinchã / GO
Quando: De 22/03 a 24/03
Onde: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás - Palácio Alfredo Nasser - Alameda dos Buritis, nº 231, Setor Oeste, Goiânia / GO
Informações: 3221-3000 (Assembléia Legislativa) / 3274-1308 (Espaço Renascer Saúde)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Letras & Livros 03

Publicado em 13 de março de 2011

A morte de Bunny Munro


“Encontra o canal pornô e o número de um disque-sexo e permite que uma garota do Leste Europeu (…) o conduza através do que ele imagina ser a p* mais deprimente da história da humanidade.”



Bunny Munro é um homem que perambula pelo sul da Inglaterra visitando mulheres solitárias, vendendo produtos de beleza e dando uma sempre que pode. Quando não pode, ou mesmo depois de satisfazer uma dona de casa necessitada, ele se masturba em qualquer lugar, no carro ou no banheiro de uma lanchonete. Talvez por isso ele tenha sido judicialmente proibido de entrar em qualquer Mc Donalds. A voracidade de seu apetite sexual só se compara ao tamanho de sua canalhice. Bunny é um cafajeste de primeira que prefere passar a noite bêbado em um motel com uma prostituta a cuidar de sua esposa deprimida que, chorando ao telefone, implora para que ele volte para casa.

Como castigo do destino (ou do autor), no dia seguinte, ele encontra a esposa enforcada em seu quarto, o apartamento destruído e um menino de nove anos, cuja a mãe está morta e o nome é Bunny Jr.. Apesar do título não deixar dúvidas sobre a sina final de Bunny Munro, a narrativa construída por Nick Cave é cativante e surpreendente. O livro não tem medo de ser obsceno e suas descrições pornográficas podem despertar repulsa, atração e até piedade.

Autor: Nick Cave
Tradutor: Fabiano Morais
Editora: Record
Ano de lançamento: 2009
Preço médio: R$ 49,90

Ostra feliz não faz pérola

Acho que era um vagabundo porque se fosse ocupado não teria a idéia. Trabalho intenso faz mal à criatividade.”


Folhear este livro lendo seus pequenos textos que discorrem pelos mais variados assuntos lembra visitar um blog. Compilados por assunto como amor, política, saúde mental, velhice e morte, os trechos não têm relação direta entre si e se bastam. A vantagem deste tipo de literatura é poder correr os olhos pelas páginas e títulos e ler o que mais chama a atenção sem ter medo de perder a visão geral ou a moral da história. Na própria orelha do livro, o autor enaltece essa qualidade dizendo que a vantagem é que “qualquer página é um começo e um fim”.

Rubem Alves relata que escreveu um livro assim porque as idéias lhe chegavam curtas e prontas e eles as anotava na esperança de, mais tarde, transformá-las em textos elaborados. Mas as idéias lhe chegavam cada vez mais rápidas, sem parar e o tempo era curto e registrar os pensamentos come lhe vinham foi a solução. Quanto ao título, o escritor explica que, para produzir uma coisa bela, como uma pérola, é preciso que haja inquietação, como a dor que a ostra sente quando grãos de areia entram por sua concha. Outra ferramente necessária à criação, segundo o autor, é o ócio, pois o trabalho intenso faz mal à criatividade. Para ele, mente vazia não é oficina do Diabo, mas uma sala dedicada à criação.

Autor: Rubem Alves
Editora: Planeta
Ano de lançamento: 2008
Preço médio: R$ 29,90

Os sofrimentos do jovem Werther

Poderíeis fazer a gentileza de emprestar-me as vossas pistolas para uma viagem que conto fazer? Adeus!”

 
Mais uma vez, o título não deixa dúvidas quanto ao destino do personagem principal. Nesta obra-prima do alemão Goethe, Werther sofre por amar uma mulher casada. Os impulsos do jovem também são fortes, mas, ao contrário de Bunny Munro, seu amor é casto e platônico. Este romance do século XVII mistura elemento autobiográficos (Goethe de fato amava Carlota Buff, casada com seu amigo Johann Kestner) com o fim trágico de um outro amigo Karl Jerusalem. O impacto do livreto na na época foi tanto que não foram poucos os suicídios atribuídos ao romance. Um bispo chegou a acusar Werther de ser uma obra imoral. Hoje o livro é apenas de cortar o coração.


Autor: Johann Wolfgang Goethe
Tradutor: Marcelo Backes
Editora: L&PM Pocket
Ano de lançamento: 1774
Preço médio: R$ 13,50

 

 

 

sábado, 12 de março de 2011

Vitrolas modernas

Publicado em 12 de março de 2011

Vinis ganham cada vez mais força na cena musical mundial com lançamentos de discos inéditos e reedições de grandes clássicos. Para não deixar seu bolachão esquecido no armário, o DMRevista prepara algumas dicas para encontrar o toca-discos ideal

O vinil teve seus altos e baixos desde que foi inventado em 1948 nos Estados Unidos, mas nunca deixou de rodar nas vitrolas domésticas dos amantes da bolachona ou nas pick ups dos DJs mais descolados. Atualmente, não só os artistas demonstram preferência em lançar seus trabalhos neste formato, mas também quem compra música escolhe levar um vinil para casa. O curioso é que, segundo uma pesquisa feita pelo instituto Neilsen Soundscan, 47% dos americanos que comprou vinil em 2009 não tem como ouvir os discos porque não possui um toca-discos em casa.


Isso ocorre por dois motivos: Os vários formatos em que vêm os discos são vistos como peça de colecionador, a pessoa compra e guarda, e não é tão fácil comprar uma vitrola moderna como é levar para casa um MP3 player. De olho neste mercado que só compra vinil para guardar, a Sony Music lançou a coleção “Meu primeiro disco” que oferece, junto com um LP remasterizado, um CD com as mesmas faixas acrescido de outras bônus. A coleção pretende relançar os primeiros trabalhos de 30 artistas brasileiros que fazem parte do catálogo da gravadora, do acervo da RCA e da CBS ao salgado preço de R$ 100. Os primeiros artistas relançados são Chico Science, Inimigos do Rei, João Bosco, Engenheiros do Hawaii e Vinícius da Cantuária.

Mas, se você é do tipo que compra Lps para ouvi-los ou se já tem uma coleção em casa e quer colocar os discões para rodar, as alternativas são: herdar uma vitrolinha, comprar uma usada ou adquirir uma nova importada. A dica do técnico em eletrônica Aroldo Maks Vieira é garimpar em pregos aparelhos de segunda mão. Ao fazer isso, fique atento: antes de levar o toca-discos para casa, teste o aparelho na loja. Se ele apresentar algum probleminha, não se desespere, Maks afirma que dá assistência em sua oficina, a Video In, localizada na Rua 68, no Centro, que também compra e vende aparelhos usados. Quanto à manutenção, o custo é a partir de R$ 40 para uma limpeza simples. Já defeitos mais graves nas engrenagens ou no cristal de leitura que fica acoplado na agulha demandam peças de reposição importadas e, portanto, acabam encarecendo a assistência.

Para aqueles que tem preguiça ou falta tempo para sair pela cidade visitando pregos à caça de toca-discos antigos, a internet é a solução ideal. Sites de leilões como o Mercado Livre sempre têm à disposição não só aparelhos usados como também novos importados. O Mercado Livre, que é só um intermediário entre o comprador e o vendedor, ensina como comprar eletrônicos antigos e usados com mais segurança. O principal conselho é se certificar do que exatamente você está comprando. Se precisar de mais informações, faça perguntas ao comprador. Inclua também no valor a ser pago os custos de envio e nunca pague pelo item através de envio bancário, pela Wester Union ou pela MoneyGram, pois estes métodos não são feitos pelo Mercado Livre. Segundo ele, todas as transações feitas no site são cobertas pelos programas de proteção, já as negociações fechadas fora dele, não. Outra dica é conhecer o seu comprador. No site, outros compradores pontuam o vendedor e comentam se ficaram satisfeitos ou não. Ou seja, mesmo no mercado virtual, reputação é tudo.

Victrolas

O primeiro aparelho de reprodução de áudio foi desenvolvido por Tomas Alva Edson em 1877 e recebeu o nome de fonógrafo. O dispositivo possuía uma agulha e um cilindro destinados a gravar e reproduzir sons. Este cilindro, que rodava em uma velocidade constante era envolto por um papel que a agulha arranhava durante a gravação. Na reprodução, a agulha apenas passava pelos sulcos, também chamados de “grooves”, produzindo diferentes vibrações que, amplificadas, reproduzia o áudio gravado. Dez anos mais tarde, o alemão Emil Berliner criou seu Gramofone que utilizava a tecnologia dos sulcos em discos de zinco revestidos de cera. A qualidade do som era similar ao dos cilindros de Edson, mas a forma do disco era muito mais práticos e mais fácel de se fabricar e guardar.

Os formatos e as velocidades dos discos variavam bastante até o início do século XX, quando cada fábrica fazia o que julgava melhor. Havia discos de 76, 79, 80 rotações por minuto (RPM) em tamanhos que iam de 15 a 30 cm. Finalmente, na metade da década de 10, a Victor Talking Machine Company, fabricante das Victrolas, fonógrafos que foram sucesso de vendas por muito tempo, estabeleceu um padrão de discos de 25 cm que rodavam a 78 RPM. Os discos de goma-laca fizeram sucesso até 1948, quando o disco vinil que conhecemos hoje foi inventado nos laboratórios da Columbia Broadcasting System (CBS) e novos padrões de 48 e 33 e1/3 RPM foram adotados. O surgimento do vinil estéreo permitiu a gravação de um áudio mais fiel ao som natural e impulsionou a divulgação das bandas de rock nos anos 1960.

Conectividade

Assim como os discos de vinil ainda são fabricados, os toca-discos também são produzidos no mundo. A Polysom é a única fábrica brasileira que ainda faz vinil no país. Já os aparelhos não são fabricados aqui e, para comprar um novo, é preciso que ele seja importado. Mais uma vez, a internet é a grande aliada na hora de adquirir uma pick up novinha em folha. Sejam em sites nacionais ou de outros países, as opções de compra satisfazem a quase todos os bolsos, exigências de qualidade e até preferências de decoração.
A tecnologia não teve grandes inovações desde a época dos Beatles. O material das agulhas mudou, a qualidade de reprodução do som melhorou, amplificadores foram incrementados, mas os princípios continuam os mesmos: uma agulhinha passa pelos sulcos, vibra e essa vibração é amplificada. A novidade fica por conta das conecções USB que permitem ligar o toca-disco a um computador, seja para capturar o som do vinil e digitaliza-lo ou apenas para ouvir a música nos alto-falantes dos PCS ou notebooks. Alguns modelos ainda oferecem a opção de se concetar diretamente ao seu iPod.

Atendendo ao gosto retrô de decoração, as novas vitrolas também vêm com um design similar às antigas Victrolas, que vinham instaladas em móveis de madeira que ocupavam lugar de destaque na sala de estar. Ainda é possível, a um custo mais salgado, encontrar toca-discos em forma de enormes Jukeboxes. Lembra daqueles aparelhos enormes que ficavam em bares e lanchonetes, no qual o cliente colocava uma moeda e escolhia uma música? Agora você pode ter um desses enfeitando a copa/cozinha/sala do seu apartamento de 52 m². Novo, usado, tecnológico ou incrementado, os aparelhos estão aí. Agora basta um investimento para tirar o vinil do armário.

Formatos das bolachonas
O disco de vinil surgiu em 1948 no laboratório da Columbia Boradcasting Sydtem (CBS), nos Estados Unidos. O plástico PVC substituiu a pesada e frágil goma laca. Estes são os padrões de tamanho e velocidade de rotação que foram adotados desde então:
*LP (long-playing)
12 polegadas - 33 1/3 RPM
20 minutos de áudio por lado
*Maxi-single
12 polegadas 45 RPM
12 minutos de áudio por lado
*EP (extended play)
7 polegadas - 33 1/3 RPM
8 minutos de áudio por lado
*Single ou compacto
7 polegadas - 45 RPM
4 minutos de áudio por lado

Guia de compra de usados
*Avalie a bandeja – Elas seguram o disco, isolam o braço das vibrações e regulam a velocidade do disco. Uma boa bandeja é feita em alumínio usinado, um material denso e barato.
*Verifique o braço e o cartucho – O braço segura o cartucho, que por sua vez segura o stylus (ou agulha). O stylus transforma os sulcos de um disco em som.
*Encontre um motor de primeira – Motores de toca-discos antigos vêm em três variedades principais: transmissão por correia (conecta o motor à bandeja através de uma cinta de borracha), transmissão direta (conecta o motor diretamente à bandeja) e transmissão pelo aro (possue um aro de borracha entre o motor e a expremidade superior da bandeja).
Fonte: Mercado Livre

BAZAR TOCA-DISCOS OU PICK UPS

Stanton T55 USB Vinil Belt Drive
Possui saída USB e Phono E pré-amplificador interno
Onde comprar: www.catodi.com.br
Preço: R$ 745,00

Ion Power Play LP / USB Vinil Belt Drive
Possui saída USB para conectar ao computador
Onde comprar: www.catodi.com.br
Preço: R$ 383,00

Ion Radio Vitrola Ominiplay
Além de toca-discos, é rádio e toca K7 e CD. Toca em 33, 45 e 78 RPM
Onde comprar: www.casadostocadiscos.com.br
Preço: R$ 899,00

Jukebox Radio Vitrola
Possui entrada USB e saída para caixas de som. Também é Rádio e toca CD
Onde comprar: www.casadostocadiscos.com.br
Preço: R$ 3.839,00

sexta-feira, 11 de março de 2011

Querer não é poder

Publicado em 11 de março de 2011

Natalie Portman e Ashton Kutcher formam casal protagonista de Sexo sem Compromisso, comédia romântica com cenas quentes, enquanto Owen Wilson estrela longa Passe Livre em que mais fala de sexo do que faz

Entram em cartaz duas comédias voltadas para o público adulto que têm o sexo como um dos temas principais. Em uma dessas estreias, a ganhadora do Oscar de Melhor Atriz, Natalie Portman, divide a cena e a cama com o marido de Demi Moore, Ashton Kutcher, em Sexo sem compromisso (No strings attached – 2011). Na outra, Owen Wilson e Jason Sudeikis são parceiros de cena como bons amigos, claro, nos papéis principais de Passe livre (Hall pass – 2011). Enquanto que, na primeira comédia, a pegação rola solta entre amigos que tentam, como o próprio título diz, fazer sexo ser formar um compromisso sério, o segundo filme mostra que, nem sempre, querer é poder.

Jason Sudakis é o parceiro de Owen Wilson na comédia Passe Livre: química humorística é destaque em trama sobre relacionamentos

No longa dirigido pelos irmãos Bobby e Peter Farrelly – diretores de Quem quer ficar com Mary? (There's Something About Mary – 1998), Wilson e Sideikis recebem de suas esposas um passe livre. Na definição que rolou no trailler promocional do filme este termo quer dizer: “Passe livre (pas.se li.vre), s.m. - uma semana de folga do casamento para fazer o que quiser sem consequências”. A ideia parte das próprias esposas que, irritadas com o comportamento pouco civilizado dos maridos (em uma cena, o personagem de Wilson para de conversar com a esposa para olhar a bunda de uma mulher que passa), querem provar que eles não fazem sexo com todas as garotas gostosas do mundo não porque estão casados, mas porque não têm competência suficiente para conseguir tal façanha.

Enquanto as esposas parecem passar uma agradável semana só para elas, os maridos sentem-se muitos frustrados ao não conseguirem se transformar em pegadores de primeira ao se juntarem a mais três amigos. O quinteto sai à caça, mas não sabem bem aonde ir nem o que fazer e as piadas que resultam desse impasse são boas, rudes, mas boas. As cantadas ensaiadas, por exemplo, são de uma grosseria hilariante, capazes de despertar, principalmente no público feminino, a repulsa, o riso e, quem sabe, até um pouco de pena nas mais condescendentes.

Mulherzinhas

 Natalie Portman e Ashton Kutcher são muito mais do que bons amigos na comédia romântica nada açucarada Sexo sem compromisso

O roteiro de Passe livre foi escrito pelos irmãos Farrelly com a colaboração de Peter Jones e Kevin Barnett.  Já Sexo sem compromisso é de autoria da roteirista Elizabeth Meriwether. Pode ser por influência do gênero dos roteiristas ou pode ter sido um caso pensado, o fato é que a comédia dos Farrelly tende agradar mais aos homens e o filme estrelado por Natalie e Ashton deve cair nas graças do público feminino. Mas não se iluda. Esta película não é uma comédia romântica açucarada. Ela é uma comédia romântica recheada de cenas quentes, salpicada com palavrões e brindada com piadas nada castas. O alvo aqui são as mulheres, mas, nem por isso, este filme pode ser um martírio para os homens.

Dirigido por Ivan Reitman, de Evolução (Evolution – 2001) e Minha super ex-namorada (My super ex-girlfriend – 2006), Sexo sem compromisso arrecadou US$ 20,3 milhões na semana de estreia nos Estados Unidos.

Da partitura para as telonas

Publicado em 11 de março de 2011

Ópera Carmen, de Georges Bizet, com tecnologia 3D, chega com emoção às salas de cinema da Capital. O Bom Coração, dirigido por Dagur Kári, traz Paul Dano no papel de um sem-teto

Depois do “showdumentário” em 3D Justin Bieber – Never say never (2011), é a vez da ópera pular na cara dos espectadores nas salas de cinema. O diretor Julian Napier usou a tecnologia que faz as mãos dos cantores se projetarem na direção do público para filmar Carmen 3D (2011). A obra mais conhecida de Bizet foi interpretada pela Royal Opera House sob a batuta do maestro Constantinos Carydis e traz a cantora Christine Rice no papel título.


Gravado em junho de 2010 na Royal Opera House, em Londres, a apresentação da ópera Carmen 3D, tem três horas de duração



O jornalista Irineu Franco Perpétuo, especialista em música clássica, assistiu a uma projeção especial para a imprensa e saiu de lá decepcionado. Em uma crítica para a Folha de São Paulo, ele afirma que o problema da projeção não é musical, mas visual, que fica muito aquém da “luxúria” 3D de filmes como Avatar (2009), de James Cameron. “Junte-se a isso legendas com erros de digitação e construções verbais esdrúxulas e temos um espetáculo no qual só o encanto da música de Bizet consegue manter o espectador na sala. Melhor ver um DVD em casa”, alfineta o jornalista.

Drama no bar


No filme O bom coração, Brian Cox vive o amargurado dono de bar que apadrinha um morador de rua interpretado por Paul Dano


O bom coração (The good heart - 2009) que entra em cartaz no Cine Cultura mostra a história de Jacques, interpretado por Brian Cox. Dono de um bar, ele é um fumante inveterado que não quer mudar de vida mesmo após quatro ataques cardíacos. Ao ter o quinto, ele é internado e conhece Lucas (Paul Dano), um jovem sem-teto que tentou suicídio há pouco tempo. Determinado a manter seu legado, Jacques faz de Lucas seu herdeiro e lhe ensina suas regras: sem novos clientes, sem confraternizações e sem mulheres.
Filmado de forma artística, O bom coração é bem sombrio. A narrativa segue a premissa de que, quando duas personalidades muito diferentes interagem, neste caso, uma fria e amarga e outra de boa índole e ingênua, elas se transformam mutuamente. Resta saber de quem é o bom coração.

Duas noites ao som de Bono Vox e banda

Publicado em 11 de março de 2011

Mais um grande tributo ao grupo irlandês em apresentação dupla com o U2 One na Capital. O cover de Patos de Minas apresenta sucessos consagrados e músicas menos conhecidas do público

Após uma breve reforma, o Bolshoi Pub reabre suas portas com dois dias de U2 ao vivo. Enquanto a banda original irlandesa se prepara para lançar mais um álbum de estúdio sob o título provisório de Songs of Ascent, a banda cover mineira U2 One se apresenta em Goiânia hoje e amanhã no Bolshoi. Com Rubinho Gabba no vocal, Renato Lourenço na guitarra, Lúcio Nunes no baixo e Cleanto na bateria, o grupo interpreta não só sucessos consagrados como Sunday Bloody Sunday, mas também lados B que os mais fanáticos também adoram como a música Sweetest Thing.

A banda de Patos de Minas já gravou um álbum, o U2 acoustic versions, no qual reinterpreta em versões “unplugged” de grandes clássicos do grupo irlandês e também inclui canções do seu último disco No line on the horizon, de 2009, um trabalho inédito já que o próprio U2 ainda não lançou nada acústico. O vocalista Rubinho explica o porquê de sua fascinação pela banda de Bono Vox:  “Me identifico com a mensagem, a sonoridade e o espírito das apresentações. Acho que o U2 revolucionou o modo de fazer e ouvir música da nossa geração, a maneira de pensar”. O cantor desenvolvia um trabalho autoral com a banda Gabba quando sua mãe alegou que a voz dele parecia muito com a do líder do U2. Este foi o incentivo que faltava para que fosse criado o U2 One há quase quatro anos.

Banda de Patos de Minas se apresenta na reabertura do Bolshoi Pub, em Goiânia. O grupo é formado por Rubinho Gabba no vocal, Renato Lourenço na guitarra, Lúcio Nunes no baixo e Cleanto na bateria

Formado em 1978, o U2 original é uma das bandas mais conhecidas do planeta e faz sucesso desde o lançamento do seu primeiro álbum (Boy) em 1980. Com 13 discos de estúdio e inúmeras coletãnes e álbuns ao vivo, o grupo irlandês agrada ao público e à crítica. O grupo já ganhou diversos Grammys, é a banda que mais figura na Lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll of Fame and Museum e já emplacou oito canções na Lista das 500 melhores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone, ficando atrás apenas dos Rolling Stones (14 músicas) e dos Beatles (23 músicas).

U2 é formado por Bono Vox (vocalista e guitarrista), The Edge (guitarrista, pianista e backing vocal); Adam Clayton (baixista); Larry Mullen Jr. (baterista e percussionista). Além de ser conhecida por sua qualidade musical, o U2 também é famoso pelo ativismo político e humanitário. Bono que participa ativamente de várias campanhas foi indicado, em 2005, ao Prêmio Nobel da Paz. O apoio da banda a causas nobres passa pela Anistia Internacional, Greenpeace e pelo Projeto Crianças de Chernobyl. U2 lança mão de concertos beneficentes, letras de músicas engajadas, campanhas publicitárias, visitas especiais e projetos de arrecadação para promover diversos movimentos de ativismo e caridade pelo mundo.

Show de tributo com U2 One
Parte 1 - Quando: Hoje, a partir das 22h
Parte 2 - Quando: Amanhã, a partir das 22h
Onde: Bolshoi Pub – Avenida T-2, esquina com Rua T-53, nº 1.140, Setor Bueno
Ingressos: R$ 40,00 (antecipado / sujeito à alteração na portaria)
Pontos de venda: American Music
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quarta-feira, 9 de março de 2011

Feliz Ano novo... de novo

Publicado em 09 de março de 2011

A velha máxima de que a rotina só começa depois do carnaval parece estar bem enraizada à cultura brasileira. Mas como tudo que é bom acaba, com o fim do feriado mais animado do País é hora de planejar, de fato, 2011

Um estudo feito pela Potencial Pesquisas e pela Painel Brasil com uma amostra de 400 pessoas que moram em Salvador constatou que o ano realmente só começa após a quarta-feira de Cinzas para 71,5% dos soteropolitanos. Será que isso acontece somente com os baianos, que têm má fama de preguiçosos, ou a maioria dos brasileiros também pensa assim? Analise o seguinte e tire suas conclusões: janeiro começa com um feriado mundial dedicado mais a curar a ressaca do Réveillon do que celebrar a paz entre os povos. As pessoas ainda não se acostumaram ao novo ano, é período de férias escolares, férias parlamentares, férias do Judiciário... Por isso, antes que pessoas comecem a escrever em seus cheques “2011” sem ter que pensar muito, já chegou fevereiro e, com ele, o carnaval. E este ano, que a data passou para março? O ano será menor e menos produtivo?

Então já vem o segundo mês do ano que costuma ser o mês do carnaval. A véspera do feriado prolongado e a excitação da folia costumam fazer com muita gente adie seus compromissos importantes para depois da festa. E, como fevereiro é um mês curtinho, quando menos se espera, ele já passou. Daí, o carnaval acaba e já se está em março. Os compromissos adiados chegam e é hora de curar a segunda grande ressaca do ano e começar a trabalhar ou estudar mesmo. Bem, isso até o próximo feriadão.

Geralmente, a folia acontece no segundo mês do ano, porém, em 2011, a festa caiu no mês de março. Se for verdade que o ano só começa depois do carnaval, os brasileiros acabaram de farrear exatamente 68 dos 365 dias do ano. Tendo esta mudança de datas em vista, aquele mesmo estudo que afirma que a grande maioria dos soteropolitanos concordam com o ditado popular perguntou a eles se isso era bom ou ruim. Para 64,5% deles, os faturamentos do comércio e dos serviços devem se beneficiar e 52% consideram que este prolongamento ajuda no aumento do fluxo de turistas e consequentemente na taxa de ocupação hoteleira. Isto não é nenhuma surpresa para uma cidade que se beneficia tanto com o turismo e ainda promove uma das maiores festas de carnaval do Brasil. E baiano gosta tanto da folia que inventou um monte de outras eventos que eles chamam de carnaval fora de época.

Por outro lado, 68,5% dos entrevistados acreditam que um carnaval tardio prejudica os estudos/aulas enquanto apenas 5,5% entendem que há prejuízo no trabalho. Mas carnaval não se resume apenas a trabalho e faturamento para quem mora em Salvador. O levantamento verificou que quase metade (42,5%) dos soteropolitanos participam da folia com frequência. Segundo José Carlos Martins Leite, diretor da Potencial Pesquisas, “independente de que forma brincam o carnaval, ou seja, se na pipoca, nos blocos ou no camarote, a participação acontece igualmente entre homens e mulheres e também nas diversas classes sociais. No entanto, a maior participação está naqueles com idade entre 18 e 45 anos, com predominância dos adultos entre 25 e 35 anos”.

Abadá ou pipoca?

Atualmente, existem uma grande quantidade de blocos e camarotes em Salvador, mas, mesmo assim, mais de 40% dos baianos que moram na cidade vão pular carnaval na pipoca, ou seja, fora das áreas reservadas a quem compra o abadá, o uniforme dos blocos, ou passe para os camarotes, seja por preferência ou por condição financeira. Quando da análise por faixa etária e classe social, percebe-se que 44,9% dos jovens entre 18 e 24 anos costumam brincar nos blocos e que 46% daqueles com mais 35 anos optam por ficar na pipoca. A maioria das pessoas das classes D e E (56,5%) aproveita a festa na pipoca enquanto 33% não brinca o carnaval.

Mas opções da capital baiana não se resumem a como brincar a folia. Existem aqueles que resolvem não participar da maior festa da Bahia. Existem 35,5% que não curtem a folia de Salvador e que procuram aproveitar a folga de outra forma. Destes, quase metade (40,25%) fica em casa, 37,75% viaja e 19,5% trabalha ou estuda. “Entre aqueles que não vão brincar o carnaval, a pesquisa constatou que quase 90% da classe E soteropolitana vai ficar em casa durante a festa, enquanto 65% da classe A vai viajar, saindo de Salvador”, completa Renê Pimentel, diretor da Painel Brasil.

Calendário de folgas

Chegou à quarta-feira de Cinzas. O carnaval acabou e se inicia a Quaresma. A partir de hoje, em homenagem aos 40 dias que Jesus jejuou no deserto, alimentaremos a contrição até a sexta-feira da Paixão, quando celebramos, digo, lamentamos a sua morte e comemoramos a chegada do feriadão da Semana Santa que, neste ano, começa na quinta-feira, dia 21 de abril, emendado com o Dia de Tiradentes. Apesar de vivermos em um Estado Laico, os dias santos católicos somam cerca de metade dos feriados que comemoramos durante o ano. Confira a lista de feriados oficiais até o fim de 2011 e programe sua agenda, suas folgas, viagens ou celebrações.

Abril
21 (quinta-feira) – Tiradentes
22 (sexta-feira) – Paixão de Cristo
24 (domingo) – Páscoa
Maio
01 (domingo) – Dia do Trabalho
24 (terça-feira) - Nossa Senhora Auxiliadora - Padroeira de Goiânia
Junho
23 (quinta-feira) – Corpus Christi
Setembro
07 (quarta-feira) – Independência do Brasil
Outubro
12 (quarta-feira) – Nossa Sra. Aparecida – Padroeira do Brasil
24 (segunda-feira) – Aniversário de Goiânia
Novembro
02 (quarta-feira) – Finados
15 (terça-feira) – Proclamação da República
Dezembro
25 (domingo) – Natal