sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Animação ecológica conta a história de uma tartaruga marinha desde 1959 até 2009

Publicado em 28 de janeiro de 2011

“As aventuras de Sammy”, exibido em 3D faz parecer que a vida marinha está ao alcance das mãos do expectador

As aventuras de Sammy” (Sammy's avonturen: De geheime doorgang - 2010) não é uma produção Disney Pixar, porém suas imagens e movimentação são tão boas quanto o que é produzido pelo estúdio americano. Este filme, produzido na Bélgica mostra a vida de uma tartaruguinha fofinha desde seu nascimento em 1959 até a sua maturidade em 2009. Uma jornada épica de 50 anos.

Sammy luta contra seus predadores naturais no oceano, mas o principal vilão desta história é op comportamento humano e  seu descaso com meio ambiente. Além de fugir de tubarões famintos, a tartaruguinha, que não é ninja, tem que se livrar de embalagens plásticas, evitar redes de pescadores, conviver com entulho jogado ilegalmente no mar e vazamentos de petróleo.

A linguagem escolhida para tratar de todas estas questões importantíssimas para a sobrevivência não só da vida marinha, mas também da raça humana foi a mais simples e direta possível. A fim de cativar as novas audiências para questões ecológicas, os roteiristas e diretores da animação decidiram não complicar. Portanto, na tela, a narrativa diz: uma tartaruga nasce assim, come isso, tem que enfrentar aquilo e isto é o que o ser humano pode fazer para ajudá-la a sobreviver. Em um ponto do filme, Sammy diz, literalmente para a platéia que as pessoas deveriam ser mais conscientes em relação ao meio-ambiente e que as tartarugas marinhas precisam delas para sobreviver.

Apesar de talvez garantir a atenção dos mais novos, a história simples de As aventuras de Sammy tende a dispersar os mais velhos que geralmente acompanham as crianças nas salas de projeção. Aliás, a animação carece do charme e do humor que tanto crianças quanto não-crianças gostam e procuram em desenhos animados.

É claro que o filme consegue fazer com que muitos adultos se sintam culpados por pertencer à raça humana. Porém, isto é uma das boas qualidades da película. Formar audiências conscientes e transformar pessoas indiferentes só pode ser uma coisa boa.

Outra coisa boa do filme é a escolha da tecnologia 3D - o que torna o filme interessante para todas as idades. As inúmeras cenas de ação são bem executadas. Por isso, colocar os óculos especiais, sentar-se no escuro e enganar o cérebro fazendo-o acreditar que a vida marinha está ao alcance das mãos e que seu corpo está se movendo é sempre divertido, independente do tamanho da criança.

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