Na época de festas de fim de ano, produções cinematográficas que abordam o tema inundam tanto a TV aberta quanto as transmissões por assinatura
O Grinch (How the Grinch Stole Christmas - 2000), dirigido por Ron Howard, traz Jim Carrey como o monstro verde que odeia o Natal
No Natal, é impossível esquecer quem? Errou aquele que respondeu o Papai Noel ou o Menino Jesus. A resposta certa é Macaulay Culkin. Você pode até não se lembrar que o nome deste ator se escreve assim, mas, certamente, quase todo mundo sabe como se pronuncia o nome de uma das mais conhecidas estrelas infantis de Hollywood por causa das chamadas da Sessão da Tarde que se repetem todo ano, convidando um espectador sem muitas opções a assistir mais uma vez o filme Esqueceram de mim (Home Alone – 1990). No entanto, pior do que assistir a este filme mais uma vez é “reassistir” uma de suas quatro sequências – de 1992, 1997 ou de 2002 –, que foram caindo de qualidade e orçamento à medida que foram sendo lançadas. Isso tanto é verdade que as duas últimas versões da franquia não são estreladas pelo amiguinho do finado Michael Jackson que, com passar dos anos, cresceu em tamanho e em preço de cachê.
Outra história que pipoca nas telinhas e nas telonas, ano após ano, é a Canção de Natal, escrita pelo inglês Chales Dickens em 1843. Muitos podem não ter lido este conto e nem ter noção de quem pode ter sido Dickens, mas a imensa maioria conhece a fórmula dos fantasmas do Natal presente, passado e futuro que visitam e assombram algum personagem mesquinho na noite do dia 24, fazendo-o mudar de vida. O mote foi repetido à exaustão pelos produtores cinematográficos nas mais variadas formas. Para se ter uma ideia da influência deste conto, saiba que o nome original do Tio Patinhas é Uncle Scrooge, o mesmo nome do protagonista de Dickens. É claro que a Disney também tem sua versão do clássico: O conto de Natal do Mickey (Mickey’s Christmas Carol – 1983). Em algumas produções, a ambientação natalina foi dispensada, como a adaptação na comédia romântica Minhas adoráveis ex-namoradas (Ghosts of Girlfriends Past – 2009), estrelada pelo casal Matthew McConaughy e Jennifer Garner.
A boneca/personagem Barbie também se valeu da história de Charles Dickens para lançar um longa: Barbie em a canção de Natal (Barbie in A Christmas Carol – 2008). Sete anos antes, a loira protagonizou seu primeiro desenho animado em 3D cuja história se passa durante as festividades de Natal: Barbie em o Quebra-Nozes (Barbie in the Nutcracker – 2001). O sucesso entre a criançada foi tanto que a Mattel, detentora da marca, tem lançado quase dois filmes por ano com Barbie desde então. Outra animação famosa nas sessões da tarde de fim de ano usou uma técnica muito mais artesanal em sua produção. O estranho mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas – 1993), escrito por Tim Burton e dirigido por Henry Selick, foi feito com bonecos que foram fotografados quadro a quadro para dar a ilusão de movimento. Esta animação em stop motion conta a história do choque cultural entre as fictícias Cidade de Halloween e Cidade do Natal. Estranho é ver os símbolos natalinos subvertidos pela temática do Dia das Bruxas e vice versa em um musical.
DETONANDO NOEL
Personagens que odeiam o Natal são comuns às histórias que se passam nesta época. Inspirado em uma história infantil escrita por dr. Seuss em 1957, O Grinch (How the Grinch Stole Christmas – 2000) tem como personagem título um estranho ser verde que quer roubar todos os presentes de Natal travestido de Papai Noel. O filme ganhou três Oscars, entre eles, o de melhor maquiagem. Jim Carrey está quase irreconhecível embaixo de tanta make up. As comédias pastelões tipicamente americanas é outro estilo que adora ver a árvore de Natal pegar fogo. Meu papai é Noel (The Santa Clause – 1994) conta o infortúnio do personagem principal que teve que substituir Papai Noel depois de acidentalmente matar o bom velhinho. Houve várias sequências deste filme.
Já Um herói de brinquedo (Jingle all the way – 1996) mostra o frenesi consumista que assola os americanos durante o seu “Merry Christmas”. Nele o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, luta com outros pais pelo brinquedo mais desejado do Natal. O ator Ben Affleck não obteve sucesso ao tentar fazer comédia com o tema no ruim Sobrevivendo ao Natal (Surviving Christmas – 2004). Por fim, um longa metragem que detona não só as festividades natalinas, mas uma cidade inteira é Gremlins (Gremlins – 1984), bastante exibido pelo SBT. Nesta divertida produção trash, um garoto ganha de presente de Natal uma adorável criatura que não pode ser molhada a qualquer momento ou alimentada após a meia-noite. Obviamente, o garoto faz as duas coisas e vê seu presente, primeiro, se reproduzir como louco e, depois, se transformar em monstros. Como o filme foi feito antes de se inventar a computação gráfica, é interessante prestar atenção aos (d)efeitos especiais de um filme mais antigo. Ah, a produção é do badalado Steven Spielberg.
OUTRA VEZ NA TV
Barbie em a canção de Natal
(Barbie in A Christmas Carol – 2008). Dirigido por William Lau
Esqueceram de mim
(Home alone – 1990). Dirigido por Chris Columbus
Gremlins
(Gremlins – 1984). Dirigido por Joe Dante e Steven Spielberg
O estranho mundo de Jack
(The Nightmare Before Christmas – 1993). Dirigido por Henry Selick
O expresso polar
(The Polar Express – 2004). Dirigido por Robert Zemeckis
Os fantasmas contra atacam
(Scrooged – 1988). Dirigido por Richard Donner
Os fantasmas de Scrooge
(A Christmas Carol – 2009). Dirigido por Robert Zemeckis
Um herói de brinquedo
(Jingle all the way – 1996). Dirigido por Brian Levant
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