segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Feliz reprise de Natal

Publicada em 24 de dezembro de 2010


Na época de festas de fim de ano, produções cinematográficas que abordam o tema inundam tanto a TV aberta quanto as transmissões por assinatura






O Grinch (How the Grinch Stole Christmas - 2000), dirigido por Ron Howard, traz Jim Carrey como o monstro verde que odeia o Natal


No Natal, é impossível esquecer quem? Errou aquele que respondeu o Papai Noel ou o Menino Jesus. A resposta certa é Macaulay Culkin. Você pode até não se lembrar que o nome deste ator se escreve assim, mas, certamente, quase todo mundo sabe como se pronuncia o nome de uma das mais conhecidas estrelas infantis de Hollywood por causa das chamadas da Sessão da Tarde que se repetem todo ano, convidando um espectador sem muitas opções a assistir mais uma vez o filme Esqueceram de mim (Home Alone – 1990). No entanto, pior do que assistir a este filme mais uma vez é “reassistir” uma de suas quatro sequências – de 1992, 1997 ou de 2002 –, que foram caindo de qualidade e orçamento à medida que foram sendo lançadas. Isso tanto é verdade que as duas últimas versões da franquia não são estreladas pelo amiguinho do finado Michael Jackson que, com passar dos anos, cresceu em tamanho e em preço de cachê.

Outra história que pipoca nas telinhas e nas telonas, ano após ano, é a Canção de Natal, escrita pelo inglês Chales Dickens em 1843. Muitos podem não ter lido este conto e nem ter noção de quem pode ter sido Dickens, mas a imensa maioria conhece a fórmula dos fantasmas do Natal presente, passado e futuro que visitam e assombram algum personagem mesquinho na noite do dia 24, fazendo-o mudar de vida. O mote foi repetido à exaustão pelos produtores cinematográficos nas mais variadas formas. Para se ter uma ideia da influência deste conto, saiba que o nome original do Tio Patinhas é Uncle Scrooge, o mesmo nome do protagonista de Dickens. É claro que a Disney também tem sua versão do clássico: O conto de Natal do Mickey (Mickey’s Christmas Carol – 1983). Em algumas produções, a ambientação natalina foi dispensada, como a adaptação na comédia romântica Minhas adoráveis ex-namoradas (Ghosts of Girlfriends Past – 2009), estrelada pelo casal Matthew McConaughy e Jennifer Garner.

A boneca/personagem Barbie também se valeu da história de Charles Dickens para lançar um longa: Barbie em a canção de Natal (Barbie in A Christmas Carol – 2008). Sete anos antes, a loira protagonizou seu primeiro desenho animado em 3D cuja história se passa durante as festividades de Natal: Barbie em o Quebra-Nozes (Barbie in the Nutcracker – 2001). O sucesso entre a criançada foi tanto que a Mattel, detentora da marca, tem lançado quase dois filmes por ano com Barbie desde então. Outra animação famosa nas sessões da tarde de fim de ano usou uma técnica muito mais artesanal em sua produção. O estranho mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas – 1993), escrito por Tim Burton e dirigido por Henry Selick, foi feito com bonecos que foram fotografados quadro a quadro para dar a ilusão de movimento. Esta animação em stop motion conta a história do choque cultural entre as fictícias Cidade de Halloween e Cidade do Natal. Estranho é ver os símbolos natalinos subvertidos pela temática do Dia das Bruxas e vice versa em um musical.

DETONANDO NOEL


Personagens que odeiam o Natal são comuns às histórias que se passam nesta época. Inspirado em uma história infantil escrita por dr. Seuss em 1957, O Grinch (How the Grinch Stole Christmas – 2000) tem como personagem título um estranho ser verde que quer roubar todos os presentes de Natal travestido de Papai Noel. O filme ganhou três Oscars, entre eles, o de melhor maquiagem. Jim Carrey está quase irreconhecível embaixo de tanta make up. As comédias pastelões tipicamente americanas é outro estilo que adora ver a árvore de Natal pegar fogo. Meu papai é Noel (The Santa Clause – 1994) conta o infortúnio do personagem principal que teve que substituir Papai Noel depois de acidentalmente matar o bom velhinho. Houve várias sequências deste filme.

Já Um herói de brinquedo (Jingle all the way – 1996) mostra o frenesi consumista que assola os americanos durante o seu “Merry Christmas”. Nele o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, luta com outros pais pelo brinquedo mais desejado do Natal. O ator Ben Affleck não obteve sucesso ao tentar fazer comédia com o tema no ruim Sobrevivendo ao Natal (Surviving Christmas – 2004). Por fim, um longa metragem que detona não só as festividades natalinas, mas uma cidade inteira é Gremlins (Gremlins – 1984), bastante exibido pelo SBT. Nesta divertida produção trash, um garoto ganha de presente de Natal uma adorável criatura que não pode ser molhada a qualquer momento ou alimentada após a meia-noite. Obviamente, o garoto faz as duas coisas e vê seu presente, primeiro, se reproduzir como louco e, depois, se transformar em monstros. Como o filme foi feito antes de se inventar a computação gráfica, é interessante prestar atenção aos (d)efeitos especiais de um filme mais antigo. Ah, a produção é do badalado Steven Spielberg.

OUTRA VEZ NA TV



Barbie em a canção de Natal
(Barbie in A Christmas Carol – 2008). Dirigido por William Lau




Esqueceram de mim
(Home alone – 1990). Dirigido por Chris Columbus




Gremlins
(Gremlins – 1984). Dirigido por Joe Dante e Steven Spielberg




O estranho mundo de Jack
(The Nightmare Before Christmas – 1993). Dirigido por Henry Selick




O expresso polar
 (The Polar Express – 2004). Dirigido por Robert Zemeckis




Os fantasmas contra atacam
 (Scrooged – 1988). Dirigido por Richard Donner




Os fantasmas de Scrooge
(A Christmas Carol – 2009). Dirigido por Robert Zemeckis




Um herói de brinquedo
(Jingle all the way – 1996). Dirigido por Brian Levant

Natal entre amigos

Publicado em 24 de dezembro de 2010

Não poder comemorar a data em família é um dos motivos que levam alguns a celebrar com pessoas tão próximas quanto os parentes

Virgínia Gomes, Jeferson Eduardo Armstrong e Morena Coelho pretendem passar a noite de Natal juntos em uma festa pouco tradicional. Para eles, nada de peru ou amigo-oculto, apenas diversão

Ao se falar em Natal, é bem provável que nos lembremos de coisas boas como panetone, Papai Noel e presentes. Muita gente pode ainda se lembrar dos shoppings lotados, do trânsito intrafegável e de homens gordos e mal-humorados, fantasiados de vermelho “coca-cola”, tirando fotos com a criançada. As festas em família, boas ou ruins, são outro elemento importante que também faz parte do inconsciente coletivo no que diz respeito a esta data. Vale lembrar que as confraternizações com colegas de trabalho ou da escola coroadas com amigos-ocultos e inimigos-ocultos se proliferam durante este mês, mas a véspera do dia 25 de dezembro, geralmente, é reservada aos parentes. Porém, passar a noite de Natal na companhia de amigos é mais comum do que a maioria das pessoas pensa.

Não ter uma boa comemoração na própria família é um dos motivos que podem levar alguém a filar uma ceia de Natal na casa de outras pessoas que não compartilham os mesmos traços genéticos. A professora Larissa Modesto Guimarães prefere passar esta noite na casa de amigos exatamente por esta razão. “Como lá em casa só tem uma jantinha especial, eu passo em um lugar que tem mais gente, mais diversão e coisas para fazer”, afirma ela. Quando mais nova, a professora passava o Natal com parentes, mas, desde que seus pais se separaram, ela comemora a data com a família de amigos. Ela vai para a casa de alguém próximo que a convida e passa a noite toda lá, na companhia dos familiares do amigo. “Acho que, na noite natalina, não deve ter muita coisa para se fazer fora de casa, porque todo mundo deve estar na casa de alguém”, conjectura.

O ator e professor Robson Parente, quando não passa a data com a família, vai para a casa de algum amigo. Neste ano, ele pretende celebrar a amizade com alguém que não tenha nem o sobrenome, nem denominação de parente, mas ainda está estudando convites. Para ele, apesar de estar com a família seja bom, não é pecado escolher os amigos para compartilhar momentos como Natal e Ano-Novo. Como Robson trabalha com menores infratores, sendo que muitos estão em regime fechado, ele conhece bem a dor de não poder passar estas datas com familiares. Porém, acredita que se deve levar em conta a satisfação de estar na companhia de pessoas que nos fazem bem. “Acho que os amigos deveriam se reunir mais nesses momentos e não ficarmos só com a família, pois, na maioria das vezes, convivemos e temos mais liberdade com eles do que com os nossos familiares.” Robson ainda diz que os amigos “fazem parte de nossas vidas como verdadeiros parentes”.

Larissa também crê não ser pecado escolher os amigos durante as celebrações de fim de ano. Para ela, a conversa de que “Natal é época de perdoar e de ficar com a família” é muito falsa. “Todo dia é dia de ficar com a família e de perdoar. Acho que o fato de ser dia 25 não muda em nada as ações ou pensamentos das pessoas.” A professora é incisiva ao dizer que a compaixão e o amor devem estar presentes todos os dias de nossas vidas. Ela destaca que “não é só porque é Natal que eu sou obrigada a ficar com minha família”. “Eu fico com ela todos os dias e todos os dias eu tenho amor para dividir com ela.” Assim, segundo Larissa, não importa onde se passa o Natal ou o Ano-Novo, desde que cada um esteja onde queira estar, sem se sentir obrigado.

FARRA NATALINA

O gerente de administração financeira Jeferson Eduardo Armstrong sempre passou o Natal com a família. Até este ano. Desta vez, ele trabalha até às 18h de hoje e não pode ir à fazenda de seu avô para as comemorações familiares. Mas ele não está nem um pouquinho triste com esta situação. Para Jeferson, em 2010, o Natal será entre seus amigos e ele não quer nada tradicional. Nada de ceia à meia-noite com peru ou amigo-oculto. Apenas uma mesa de frutas, cerveja, som, carne assada e muita diversão. Jeferson afirma que seus amigos tornaram-se sua família e, por isso, não há sentimento de perda ou de culpa por passar a data com pessoas que não são seus parentes de sangue.

Segundo o gerente, o verdadeiro sentido do Natal é estar em paz e feliz de coração e alma. Família para ele é um termo abrangente que pode encontrar significado no seio dos amigos que nos tratam bem e nos respeitam como seres humanos. “Acredito que este será um dos melhores Natais que já tive. E bons amigos são a família que nos permite escolher”, comemora Jeferson.

Baladas de natal
Se for comemorar fora de casa, escolha entre um programa com cara de família ou uma festa com cara de amigos

After X.Mas
Quando: hoje, a partir das 23h59
Onde: Fiction. Rua 87, nº 536, Setor Sul
Ingressos: R$ 15 (mulher com nome na lista), R$ 25 (homem com nome na lista), R$ 40 (mulher com consumação) e R$ 80 (homem com consumação)
Informações: 3541-0429
 
Ceia de Natal
Quando: hoje, a partir das 20h30
Onde: Castro’s Park Hotel. Avenida Republica do Libano, nº 1520, Setor Oeste
Ingressos: R$ 132 (adultos), R$ 66 (crianças de 6 a 10 anos) e cortesia para crianças de até 5 anos
Informações: 3096-2000

Criança Feliz Natal da OVG
Quando: até 25/12, das 19h às 22h
Onde: Praça Cívica, Centro
Ingressos: entrada franca
Informações: 3201-9400

Jingle
Quando: hoje, a partir das 23h
Onde: Disel Lounge, Rua 5, nº 1169, Setor Oeste
Ingressos: R$ 25 (entrada até a 0h – pista com open bar), R$ 30 (entrada após a 0h – pista com open bar), R$ 35 (entrada até a 0h – camarote com open bar) e R$ 40 (entrada após a 0h – camarote com open bar)
Informações: 3215-2307
 
Merry Fukin’ Xmas
Quando: na madrugada de hoje para amanhã, a partir da 1h
Onde: El Club. Rua 115, nº 1038, Setor Sul
Ingressos: R$ 15
Informações: 3645-4832

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pets abandonados ganham brechó

Publicado em 21 de dezembro de 2010

Recém-inaugurada sede da ONG Projeto Hammã de Proteção Animal, localizada no Centro de Goiânia, conta com um bazar permanente para vender artigos, adquiridos por meio de doações, para minimizar o sofrimento dos bichos

Os bichinhos abandonados de Goiânia podem comemorar. O Projeto Hammã de Proteção Animal agora tem uma nova sede, no Centro da cidade, que conta com um bazar permanente para vender as doações que recebe. Logo na inauguração, que aconteceu na última quinta-feira (16), deu para perceber que o bazar é um pouco diferente do usual. Além dos itens de vestuário, calçados, acessórios, brinquedos, cosméticos e objetos para decoração novos e usados expostos como em um brechó comum, havia muitas fotos dos animais atendidos pelo projeto, panfletos informativos e, em uma caixa, em um canto da loja, um pequeno gatinho oferecido para adoção. Tudo que é vendido no bazar é proveniente de doações e, por isso, os preços são bastante acessíveis.




Foto: Rafael Branco

O Projeto Hammã é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos criada em 2008. O ponto de partida foi o resgate de um pastor alemão de aproximadamente 12 anos, cego e muito debilitado chamado Hammã. Desde então, o projeto vem desenvolvendo ações que visam minimizar o sofrimento de animais abandonados, recolhendo-os sempre que possível, fazendo campanhas de castração e promovendo a conscientização sobre a posse responsável.

Ao todo, são oito associados ao projeto, mas os voluntários são muitos e a ONG ainda conta com a participação de diversas empresas parceiras, como a Clínica Bicho Mimado, Therapeutica Pharmácia de Manipulação, Gráfica Art3, Canil Caraíbas – que treina os cães resgatados – e a Loira Morena Bijoux, que fornece bijuterias para o bazar. Hoje, existem 16 cachorros sob a proteção do Projeto Hammã, que ainda não tem abrigo e precisa pagar pela hospedagem dos animais.

Meibel Pereira Veríssimo Alves, uma das idealizadoras do projeto, afirma que o objetivo na nova sede da entidade é promover pelo menos dois eventos por mês. Para dezembro, está programada uma assembleia para a apresentação do novo corpo da diretoria. Em fevereiro, será ministrado, aos sábados, um curso gratuito sobre posse responsável. Ambos os eventos são abertos a todos que queiram participar e as datas ainda serão definidas.
 Suindara Alexandre, Meibel Veríssimo e Morena Coelho - Foto: Rafael Branco

Quem quiser colaborar com o projeto pode doar artigos para o bazar, mantimentos e produtos pet diretamente na nova sede. A ONG ainda recebe depósitos pelo Banco do Brasil (agência: 3229-8; conta-corrente: 33246-1), ou ainda no blog do projeto, por meio do PagSeguro. Este mês, além das despesas regulares, como água, luz e aluguel, a entidade precisa pagar pela reforma feita para arrumar o brechó. Portanto, dar um pulo no bazar pode ser uma boa dica para quem está à procura de uma boa ação para este fim de ano.

Bazar Hammã Projeto de Proteção Animal
Aberto de segunda a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h
Rua 68, nº 118, Sala 7, Galeria Timbre Musical – Centro
Informações: 8478-7673 / 8406-6208 / 9902-0652
www.twitter.com/projetohamma www.adoteprojetohamma.blogspot.com

sábado, 11 de dezembro de 2010

Superação: o retrato da mais bela arte

Publicado em 10 de dezembro de 2010

Apae promove peça Meu mundo é maior com o objetivo de sensibilizar o público para as possibilidades de inserção social de pessoas com deficiência


Goiânia pode conferir um espetáculo excepcional em muitos sentidos. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da Capita realiza no domingo, a partir das 19 horas, uma única apresentação do show Meu mundo é maior. No palco, 60 atores e bailarinos com deficiência física e/ou mental que são atendidos pela Apae mostram todas as suas capacidades de expressão artística e habilidades corporais e provam que podem muito mais do que geralmente se espera deles. Para acompanhá-los sob os holofotes, professores da instituição também atuam e dançam.

A narrativa é montada de forma lúdica e lança mão de diversos efeitos especiais, músicas diferenciadas e elementos que dão vazão às brincadeiras, envoltos em uma áurea mágica. O roteiro, a direção geral e artísticas são assinadas por Ronei Maciel. As coreografias são de autoria de Maciel e de Eurim Pablo e Carla Medeiros. O espetáculo, que tem duração de uma hora, objetiva sensibilizar o público para as reais possibilidades de inserção social de pessoas com deficiência intelectual ou múltipla.

A história contada pelos atendidos pela Apae fala de um planeta especial chamado Gaia que é habitado por gigantes. Certo dia, a fim de conhecer melhor o seu mundo, os gigantes começam a explorá-lo e descobrem que não estão sozinhos. Os Povos do Fogo, o Reino das Águas, a Tribo da Terra e os Nômades do Ar são os outros habitantes do planeta e viviam separados até serem convidados por Gaia a descobrirem outros lugares e outros povos. Todos, então, percebem que, mesmo sendo diferentes, integram o mesmo planeta e que o seu mundo é bem maior do que eles imaginavam. O espetáculo foi baseado na coreografia Meu mundo é maior que foi apresentada por atendidos pela Apae de Goiânia no Festival Nossa Arte, promovido pela Federação Nacional das Apae's em meados deste ano.

FILANTROPIA
 
No Brasil, a primeira Apae foi criada em 1954. Atualmente, está presente em mais de 2,5 mil cidades em todo o País. Ela nasceu por iniciativa de famílias que se empenharam em quebrar paradigmas e buscar soluções para seus filhos com deficiência intelectual ou múltipla, preenchendo uma lacuna deixada pelo Estado, ineficiente, até hoje, em promover políticas públicas que garantam a inclusão social dessas pessoas. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, há mais de 50 anos, o objetivo da instituição é levar esperança e uma vida melhor a milhares de crianças e jovens deficientes e ainda lhes garantir direitos como os de qualquer outro cidadão.

A unidade da Apae em Goiânia foi fundada no ano de 1969 e hoje atende cerca de 400 usuários com deficiência mental associada ou não a outras deficiências físicas. Além do trabalho realizado nas áreas de saúde, educação e assistência social, a entidade ainda prepara, qualifica e encaminhas os jovens atendidos para o mercado de trabalho.

Meu mundo é maior
Quando: domingo, a partir das 19h
Onde: Teatro Basileu França – Avenida Universitária nº 1750, Setor Universitário
Ingressos: R$ 20,00 (preço único)
Ponto de Venda: Apae de Goiânia – Rua 255 nº 628, Setor Coimbra
Informações: 3226-8006 / www.goiania.apaebrasil.org.br

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Música de fé

Publicado em 09 de dezembro de 2010

Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno de Trindade, Padre Robson lança pela Som Livre o álbum Nos braços do Pai, seu primeiro disco. São 14 faixas repletas de emoção, com algumas canções já conhecidas dos fiéis e outras inéditas

Nos braços do Pai é o nome do primeiro álbum lançado pelo Padre Robson de Oliveira e gravado pela Som Livre. O religioso leva, por meio de suas músicas, mensagens de amor, fé e devoção. São 14 faixas repletas de emoção, com algumas canções já conhecidas dos fiéis e outras inéditas. Segundo a assessoria de imprensa do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno de Trindade, o CD, voltado para a adoração ao Pai Eterno e a Maria Santíssima, promete aos ouvintes paz de espírito por meio de composições harmoniosas e de sonoridade agradável.

O estilo musical escolhido pelo Padre Robson é o característico das canções religiosas, mesclado com inovações e novas tendências do mercado fonográfico mundial. O Padre apresenta este novo projeto como uma porta de entrada para outros trabalhos. No que diz respeito à promoção do seu primeiro CD, além da divulgação por meio da assessoria de imprensa da Basílica de Trindade e de propagandas convencionais em diversos meios, Padre Robson pretende fazer apresentações musicais a partir do ano que vem. Certamente seu programa Novena dos filhos do Pai Eterno, exibido pela Rede Vida, será um grande canal de divulgação do primeiro disco do padre.



O álbum foi gravado em uma capela com o acompanhamento de um coro. Apesar de ter sido produzido fora de um estúdio, as músicas não foram gravadas ao vivo com todos tocando e cantando ao mesmo tempo. O som de cada instrumento foi captado separadamente, assim como as vozes e o som do coro, para depois ser mixado em estúdio. A autoria das músicas são de diversos autores, entre eles, Padre Robson, Silvio Rodrigues, Padre Zezinho, Luiz Arcanjo e José Augusto. Algumas canções foram escolhidas por terem caído no gosto pessoal do Padre Robson, enquanto outras músicas entraram no CD devido à relevância dos temas abordados.


Em Maria da minha infância, composição de Padre Zezinho, a letra fala da importância de se rezar com fé e amor, mesmo quando, pela imaturidade infantil ou pelo cansaço adulto, erra-se as palavras da oração. Uma música de autoria do Padre Robson, Somos povo de Deus, fala de coisas conhecidas pelos fiéis goianos: a Santíssima Trindade e os romeiros que lotam a cidade natal do Padre cantor no mês de julho. Também oriundos da cidade de Trindade, a dupla sertaneja Rodolfo e Rodrigo faz uma participação especial no CD Nos braços do Pai. A faixa escolhida foi a sétima: Sou teu anjo que traz uma mensagem que propaga o amor ao próximo.

Filho de Trindade

Robson de Oliveira Pereira nasceu em Trindade, no estado de Goiás no dia 26 de abril de 1974. Aos 14 anos, entrou para seminário e, dez anos depois, aos 24 anos, tornou-se sacerdote. Após trabalhar por dois anos na Pastoral de Vocações e na formação de jovens para a vida religiosa, o então Padre Robson rumou para a Irlanda e depois para Roma. Na Itália, fez seu mestrado em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano. Hoje, ele tem quase uma centena de artigos publicados que versam sobre temas diversos e orientam para uma vida ética e cristã. Além disso, ele é membro da Congregação dos Missionários Redentoristas, o mesmo grupo que atua no Santuário de Aparecida, em São Paulo.


Ao retornar de Roma, o padre conquistou espaço na retransmissora regional da TV Brasil Central a fim de difundir a devoção ao Divino Pai Eterno. Mais tarde, com o programa Novena dos filhos do Pai Eterno, alcançou uma audiência nacional pela da Rede Vida – a maior rede de televisão Católica do mundo. No início do ano passado, Padre Robson iniciou uma outro programa de orações em rede nacional: a Novena do Perpétuo Socorro” que leva aos lares pregações e preces com temas que atingem o cerne da vida humana. O Padre se diz amado por muitos católicos e bem quisto por inúmeros evangélicos que lhe escrevem elogiando seu trabalho missionário na TV. Ele ainda afirma receber milhares de testemunhos de conversões e graças alcançadas por novos fiéis de todo o Brasil e até mesmo do exterior.

História de devoção

Neste ano, a devoção ao Divino Pai Eterno completa 170 anos em Trindade. Segundo o site oficial do Santuário do Divino Pai Eterno (www.paieterno.com.br), a história da devoção teve início por volta de 1840, com o casal de agricultores Constantino Xavier Maria e Ana Rosa de Oliveira. Eles se estabeleceram a, aproximadamente, 22 quilômetros do município Campininha das Flores, que, atualmente é o bairro de Campinas, em Goiânia.

Tanto Constantino quanto sua esposa Ana eram muito religiosos. Certo dia, enquanto preparavam a terra para a plantação, o casal encontrou um belo medalhão de barro que tinha, mais ou menos, meio palmo de circunferência. Nele estavam representado a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. A família dos agricultores levou o medalhão para casa e começou, então, a rezar o terço, principalmente aos fins de semana. Logo, numerosos prodígios, graças e milagres foram relatados e relacionados ao medalhão sagrado. Aos poucos, as notícias foram se espalhando e outros moradores passaram a rezar juntos ao Divino Pai Eterno.

O número de devotos cresceu rapidamente e a casa de Constantino e Ana Rosa já não comportavam tanta gente. Por volta de 1843, Foi construída uma capela de folhas de buritis que logo também ficou pequena. O casal então doou um terreno às margens do córrego Barro Preto e ali foi construída uma nova capela. Mais tarde, Constantino encomendou ao artista Veiga Valle, que morava em Pirenópolis, uma réplica do medalhão em tamanho maior e esculpida em madeira. Hoje, esta imagem ainda pode ser vista no Santuário Velho que também é conhecido como Igreja Matriz de Trindade.





O Santuário Novo teve sua pedra fundamental lançada em 1943 pelo então arcebispo de Goiânia Dom Emanuel Gomes de Oliveira. Porém a obra só foi concluída em 1974. Com a ajuda de devotos e romeiros, o Santuário Novo passou por uma reforma em 1994. Elevado ao patamar de Basílica em 2006, a construção é ornada por 76 vitrais, possui piso de granito, secretaria, sacristia, copa, sala para os ministros da eucaristia e para atendimento vocacional. Em seu subsolo, existem três capelas, 20 confessionários, sala dos milagres e banheiros. A praça em torno do Santuário também foi totalmente revitalizada e uma grande rampa foi construída para facilitar o acesso dos devotos à porta principal do templo. Tudo construído como uma forte expressão de devoção que começou com um pequeno medalhão de barro.